Após dezenas de fugas Segurança anuncia força-tarefa
Depois das dezenas de fugas ocorridas nos últimos meses em presídios e delegacias do estado, a Secretaria de Segurança Pública resolveu anunciar que vai criar uma força-tarefa, composta por uma equipe de delegados especializados da polícia civil para investigar a suposta participação de servidores públicos e contratados, nos crimes.
Os secretários de Segurança, Aluísio Mendes e de Justiça e Administração Penitenciária, Sebastião Uchoa não revelaram muito; apenas que a comissão deverá ser criada ainda hoje e anunciada à imprensa.
O impressionante é que parece não haver novidade alguma, no que diz respeito a medidas que impeçam novas fugas em massa, como as últimas realizadas. A participação de servidores nas fugas poderá apenas ser esclarecida e punida de alguma forma. É fato que depois de identificados os facilitadores, e por consequência sejam banidos do sistema carcerário, haverá uma melhora sim, porém, muito ainda deve ser pensado. E não precisa ser um expert em segurança.
O grave problema da superlotação tem que ser resolvido em caráter de urgência, uma vez que aparece como maior causa das fugas. O juiz Carlos Roberto de Oliveira Paula, titular da Vara de Execuções Penais e Criminais Alternativas visitou as instalações da Casa de Detenção (Cadet) e disse que vai acionar o Ministério Público Estadual para que a unidade seja adaptada o mais breve possível. No local há capacidade para 400 presos, mas 700 são abrigados atualmente.
Este número acima do normal é percebido não só na Cadet, mas sim em todo o sistema carcerário. Os mais de 5 000 detentos do Maranhão tem que dividir espaço em celas que deveriam abrigar pouco mais de 2 000. Uma vergonha!
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