A verdade sobre o terreno do hospital
Na semana passada, o deputado Neto Evangelista, ex-candidato a vice-prefeito na chapa de João Castelo, declarou na Assembleia Legislativa de que o atual prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Junior, não construiria o Hospital de Emergência no Calhau por que o terreno desapropriado seria de um marqueteiro de sua campanha Evilson Almeida. O Jornal O Estado do Maranhão e um blogueiro do sistema, reverberaram estas declarações com ares de gravidade. Em nome do bom jornalismo, resolvi investigar o assunto, ouvir depoimentos e colher informações que merecem ser conhecidas.
Nos últimos debates da campanha para prefeito, Castelo perguntou ao então candidato Edivaldo Holanda Junior por que ele não iria construir o Hospital no Calhau e este foi assertivo: não iria construir no Calhau por ser um local inadequado e contra a vontade da população, conforme demonstraram pesquisas da Escutec, publicadas pelo jornal O Estado do Maranhão em 2009.
O terreno foi desapropriado com o objetivo específico de construir ali o Hospital, e nada chegou a ser recebido pelos proprietários, que sempre questionaram a desapropriação na Justiça. Se o Hospital não for construído ali a desapropriação perde seu objeto. É a lei. O próprio Castelo em dois debates afirmou que o terreno vale mais de 50 milhões e isto foi corroborado agora pelo Deputado Neto Evangelista. Então, há de se perguntar: por que então o ex- prefeito João Castelo depositou menos de um milhão em conta judicial do processo?
Evilson Almeida coordenou o marketing da campanha de Clodomir Paz em 2008, e como profundo conhecedor dos fatos políticos recentes do Maranhão, aproveitou o horário eleitoral, com autorização dos seus clientes, para repor ao seu devido lugar a pretensa imagem que Duda Mendonça lustrava sobre João Castelo, atribuindo-lhe qualidades que não tinha, e que, com isso, ele chegou a exibir 60% de intenção de votos válidos. A exposição das velhas e conhecidas mazelas administrativas de Castelo o fez despencar para menos de 44%, levando-o para o 2º turno com o então candidato Flávio Dino.
Como prefeito, Castelo aproveitou-se para dar o troco ao marqueteiro. “Como profissional de marketing, trabalhei contra seus objetivos políticos. No dia que os prefeitos começarem a desapropriar o imóvel de quem não seja seu aliado, uma enorme insegurança se instalará no Maranhão, e ninguém mais estará seguro na preservação de seus bens. A defesa que fiz, na justiça, dos meus direitos, é o direito de cada cidadão de defender o seu patrimônio de uma perseguição”, desabafou Evilson Almeida.
As duas áreas desapropriadas pela Prefeitura pertencem, a maior parte à Enter Propaganda e, a outra parte, ao empresário Manoel Dias e Skema Engenharia totalizando quase 10 hectares. Mas o projeto do Hospital de Castelo não pretendia ocupar a área do Sr Manoel Dias/Skema Engenharia. O ex-prefeito João Castelo deslocou a localização do projeto do Hospital para a área vizinha, em torno de seis hectares, esta sim, pertencente à família de Evilson Almeida. Esta área nunca foi alvo de nenhuma desapropriação. Evilson reclama na justiça contra o esbulho possessório sobre o seu terreno, processo este que se encontra em conclusão na 5ª Vara da Fazenda Pública. Mesmo alertado, o ex-prefeito iniciou a terraplenagem no terreno não desapropriado, que é foreiro à União, buscando tirar proveito eleitoreiro.
“A Prefeitura ocuparia 16 hectares de área nobre para implantar um projeto de apenas 2,8 hectares conforme consta em anexo do edital de licitação. Sabia que a ilegalidade, como restará provado, retardaria a implantação do hospital. Além de prejudicar a população com um hospital completamente fora do alcance das famílias mais humildes a quem se destinaria, também geraria um enorme passivo a ser pago por futuras administrações.”, disse Almeida.
A licitação da obra é outro problema, pois a C.I.A – Construção, Incorporação e Administração de Imóveis questionou o edital e conseguiu adiar por várias vezes o certame, que só aconteceu por conta de liminar. Neste processo o desembargador Paulo Velten determinou em julgamento de mérito, acompanhado pela unanimidade da turma, que a licitação só prosseguisse depois de corrigidos os vícios permitindo a participação da recorrente. Como a única empresa participante da concorrência já havia sido contratada, certamente esse contrato resultará nulo de pleno direito.
Evilson Almeida, declarou ainda, sobre a suspeita que o Deputado Neto Evangelista levantou: “Os serviços prestados durante a campanha eleitoral do prefeito Edivaldo Holanda Júnior foram todos pagos e as notas fiscais constam de sua prestação de contas no TRE. Não há nenhum outro compromisso pendente. O bom senso do prefeito Edivaldo Holanda Júnior ao mudar a localização do Hospital de Emergência coincide com o interesse coletivo. Todo mundo reconhece isso. Ele demonstra ter responsabilidade, compromisso e respeito com a vontade expressa de quase toda a população”.
Chama a atenção que o ex-prefeito, e agora o seu ex-candidato a vice-prefeito, embora bacharéis em Direito, tenham ignorado a lei e os fatos, dizendo que a área desapropriada seria da Prefeitura, quando é apenas foreira ao município. Ora, se área era do município por que teve de ser desapropriada? E por que o ex-prefeito depositou em juízo menos de um milhão de reais e depois assumiu em público que vale mais de 50 milhões?
Em algum momento a Prefeitura seria condenada na justiça a pagar o que os terrenos realmente valem – segundo avaliação do próprio ex-prefeito e do deputado – com juros, correção monetária, custas judiciais e honorários advocatícios e quem sabe outras verbas indenizatórias. Neste caso, quem pagaria seria a atual ou as próximas administrações.
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Muito importante e pertinente sua matéria. Parabéns, nos esclareceu muito e com certeza fará diferança daqui pra frente. Esse sr. João Castelo é uma pessao muito mentirosa, maldosa e desprovida de valores. Infelizmente isso é Maranhão!!!
Excelente matéria, você estar de parabéns!
Essas malandragens de Castelo já são por demais conhecidas. Enganou o povo durante quatro anos dizendo que rira construir um hospital. Na verdade, o que o movimentava era o conchavo com a empreiteira, com fraude escancarada na licitação. Agora, chega ao conhecimento da população esse novo fato, ou seja, o terreno terraplanado era de terceiros e sem a regular desapropriação. Como tudo que Castelo fez, restou corrupção, prejuízo, confusão…
Diante de tantos embustes e declarações politiqueiras, finalmente uma matéria realmente esclarecedora e ao que parece, pela consistência das informações, verdadeira. É isso aí Cardoso.
Se forem verdadeiras todas estas informações que você expôs nesta matéria, este Caostelo é mais canalha e irresponsável que todos pensávamos. E ainda conta com aliados como esse deputado e o blogueiro miranteano para defender suas atrocidades. A quem São Luis esteve entregue meu Deus?
Eu gostaria de saber onde o povo ludovicense estava com a cabeça quando no pleito de 2008 escolheu Castelo como Prefeito. Ninguém se recordou do histórico de mazelas, escândalos, calotes e tantas outras palhaçadas. A São Luís alarmante de hoje é reflexo dos atos de uma figura irresponsável. É o que penso!
A quem tem simpatia por este Ex Prefeito os meus lamentos, e aos blogueiros que recebem o “agrado” para aliar-se a ele peço que olhem para a cidade suja, os socorrões, os buracos, e a total falta de estrutura que tem nossa cidade antes de sujar seu nome com pouco coisa.
Todo mundo sabe que a área em questão não é própria para a construção de um grande hospaial de emergência. Pesquisas de opinião atestaram que a esmagadora maioria da populaçãode São Luís não via com bons olhos um hospital ali. Nos bastidores políticos, o comentário era que: mais do que o hospital, o que a família Caostelo queria mesmo era ficar com o terreno do Evilson.
Pela sua matéria, Cardoso, tudo indica que os donos da área do prometido hospital nem precisam de decisões polítcas para reaver a posse. A Justilça lhes basta, diante do festival de erros e prepotência protagonizados por João Castelo.
Luís Cardoso, reparou na semelhança do seu post e o do Robert Lobato sobre o assunto (Evilson Almeida e o caso do terreno do Hospital de Emergência, 15/04/2013), mas tendo sido o deste publicado três dias antes? Coincidência ou omissão de crédito?
Cardosos.
A história está ainda não bem contada, pois este terreno foi oferecido aprefeitura pela família dos BORLOS que moram bem perto do mesmo, vá la e confirme o que eu falo, enfim manoel dias também não é don0o de terreno, pois hoje esta figura de terreno foreiro a união não existe mais, é como era feito os documentos pelo o senhor arivaldo chefe doe cadastro de joão castelo que fabricou todos estes documentos e ficou rico com isto e ainda empresta dinheiro a juros,o arivaldo do cadstro da prefeitura vendeu s. kuis toda inclusive fazendo documentos prá todas estas construtoras, que você imaginar ele é o cara o veradeiro dono destas mazelas da lei de uso do solo de s. luis, ele vendeu tudo prá todos os construtores de s.luis investigue e con firme o que eu lhafalo, este é o cara das escrituras inclusive lá no barrramar ele vendeu bem em frente a avenida o pedaço da avinida santo antonio, vá lá e veja que os trailers irregulares agora fazem confrontantes com os terrenos que arivaldo vendeu, ainda tem um muro que um pastor e uns miltares fizeram no meio da rua aqui no barrramar com a desculpa de segurança. É preciso acabar com estas anomalias administrativas e com estas obras irregulares no barramar que se tornou área de risco, pois até piscinas, churrasqueiras são contruídas em cima dos prédios que náo foram feitos para isto de acordo com os cálculos estruturais, até garagens estão afundando o solo pois o a a´rea terrea dos prédios nmão saõ fpróprias para garagens e sim comum a tods para reunião e outros fins, mande também aqui o bombeiro e minstério do trabalho e emprego, pois os porteiros não tem carteira assinada não recebem salãrio minimo, enfim o crea deveria se manisfestar també junto com adefesa civil e bombeiros pois não tem um sistema e nem os extintore de incendio em nenhum predio, lá será anova santa maria um acir d e prédios anunciados e nimguém faz nada, não tem banheiro prá porteiro, não tem nada para porteiro só obras irregulares.
Cardoso.
Mome mesmo ai em cima família BORDALO
Cardoso.
Mome mesmo ai em cima família BORDALO.
Parabéns, pela reportagem, mais uma vez é posto às claras como Castelo e Neto Evangelista são políticos despreparados que tentam ludibriar a população Lodovicense, um hospital de urgência e emerg~encia que realmente atenda aos anseios da população, deve ser construído em um local onde a população mais humilde possa ter facilidade de acesso e não onde apenas os mais abastados da sociedade podem se dirigir haja vista a utilização de transporte próprio.
Esclarecedor!
Caro Luís, gostaria de saber se aquela súmula do STF sobre nepotismo se aplica à Assembleia Legislativa?
responde aí Neto Evangelista!
Caostelo e Chico propina ganharam todas na justiça do Maranhão. Até a estória do sumiço dos 73 milhões. Pelo jeito este é uma das excessões que alguém levou vantagem contra Caostelo na Justiça. Esse Evilson é o cara!
Naturalmente que o blogueiro conhece George-Eugène, barão de Haussmann. Há uma semelhança dele com o prefeito de São Luís no que diz respeito à construção do Hospital Geral de São Luís. Dizer que o local é inadequado soa como uma afronta à inteligência dos ludovicenses. O que se pretende, na verdade, é excluir o pobre dos serviços prestados pelo hospital. Não sei como as pessoas de menor poder aquisitivo, moradoras de áreas como Liberdade, João Paulo, Sacavém, Anil etc. etc. etc. vão se deslocar para a zona rural rural que fica na entrada de São Luís. Beneficiará, então, a quem a não construção do hospital no centro de São Luís? Claro que a Evílson Almeida.
Resposta
Uma hospital na zona rural vai beneficiar quem mora lá, os moradores de todo eixo Itaqui/Bacanga e evitará o congestionamento de ambulâncias que chegam diariamente de outras cidades. Pense nisso.
O mérito dessa certa vitoria judicial é da assessoria juridica de evilson, verdade seja dita. Os advogados têm conseguido reiteramente decisões favoraveis ao empresario. E nao foi preciso outorgar poderes a advogado lobista, bastou confiar na equipe correa, saboia e frança! Parabéns a Evilson!