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Um estudo sobre a balneabilidade das praias de São Luís, desenvolvido por alunos e professores do Curso de Engenharia Ambiental do Unicema e apresentado esta semana aos secretários de Saúde, Ricardo Murad e Meio Ambiente, Washington Rio Branco, apontou alta quantidade de coliformes fecais nas praias de São Luís.

Uma comissão, composta dos dois secretários e de técnicos das duas secretarias, visitou as principais praias da cidade para avaliar a situação de saneamento e os riscos de contaminação a que estão expostos os banhistas. O presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão (Caema), João Reis Moreira Lima, e o major Abner Carvalho, da Defesa Civil, também estiveram presentes.

Foram vistoriadas as praias do Olho d’Água, o trecho da Avenida Litorânea e alguns pontos onde existem dutos de esgotos.. A constatação é de que a situação é mesmo crítica, mas que não há necessidade de interdição total, apenas parcial. Com um grave problema de saneamento, o trecho compreendido entre a primeira entrada da praia do Olho d’Água e o Rio Pimenta, de cerca de 400 metros, já está interditado.

Ricardo Murad conversou com o presidente da Associação de Micro-Empresários do ramo de bares e restaurante da Avenida Litorânea, sobre necessidade de adequação de uma caixa de gordura nas cozinhas. A caixa evita que os detritos sejam despejados na tubulação de esgoto e se solidifiquem, impedindo a passagem dos esgotos para a estação elevatória da litorânea. A Caema se reunirá em breve com os donos de bares e restaurantes para apresentar o projeto que regulamenta a caixa de gordura.

Os problemas de esgoto da Litorânea já foram resolvidos pela Caema, e apesar de não ser interditado, o trecho será vistoriado pela Defesa Civil, que vai recomendar cautela aos banhistas. Segundo Murad, São Luís tem a vantagem da mudança de marés a cada seis horas, o que promove limpeza das águas. “A poluição nas praias é um problema de saúde pública, e a Defesa Civil vai fazer vistoria constante. Em breve, as praias serão analisadas novamente pelo Labohidro, da UFMA”, declarou.

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Caema

Após vistoriar as duas praias, a comissão avaliou ainda os problemas estruturais da Estação Elevatória de Esgoto (EEE) e da Estação de Tratamento de Esgoto do Jaracaty (ETE), ambas desativadas por falta de manutenção.

O esgoto é transportado para as elevatórias, que repassam os dejetos para a estação de tratamento. Quando a última tem problemas ou está desativada, todo o esgoto é despejado sem tratamento através de uma extravasória, equipamento que, no caso do Jaracaty, joga o esgoto no Rio Anil.

A previsão da nova administração da Caema é que dentro de 20 dias a Estação Elevatória do Jaracaty esteja em pleno funcionamento, assim como os serviços de tratamento. Em São Luís, apenas 5% do esgoto produzido é tratado.

“A recuperação dos equipamentos da Caema é imediata, a diretoria já está autorizada a fazer as mudanças necessárias para reestruturar o sistema de tratamento de esgoto”, afirmou Murad. Ainda segundo o secretário, será instalado um inquérito para apurar as irregularidades da antiga gestão da companhia, em especial, as encontradas no setor de direção de operações.

“Vamos apurar de quem é responsabilidade, e quem se eximiu dela, gerando essa situação de catástrofe no sistema de esgotamento sanitário. Vamos recuperar a Caema, mas quem a levou ao caos será responsabilizado”, concluiu.

Com informações da SECOM


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