É de foice no escuro a briga entre os ex-governadores Jackson Lago e José Reinaldo Tavares. O primeiro, entre amigos, acusa o segundo de traidor pelo fato de insistir no apoiamento ao nome do deputado federal como alternativa para a eleição de governador em 2010.

Lago considera injusto o gesto de José Reinaldo Tavares de apoiar outro nome, logo no primeiro turno, que não seja o seu para a disputa majoritária.

Argumenta na rodas com amigos que fez do sobrinho de José Reinaldo, deputado Marcelo Tavares, presidente da Assembléia Legislativa, contra o desejo da maioria dos deputados que se dividia entre Pavão Filho e Edivaldo Holanda.

Hoje o presidente da AL não é visto com simpatia pelo grupo mais próximo do ex-governador do PDT. Isto ficou claro desde o gesto legal de Marcelo Tavares em empossar a governadora Roseana Sarney, conforme determinou o TSE.

A revolta de Jackson Lago contra o tio e o sobrinho aumentou depois que ambos passaram a patrocinar a opção Flávio Dino aos líderes políticos do interior.

José Reinaldo Tavares, que aprendeu política com o senador José Sarney, a quem o traiu desde 2003, tem dito a seus correligionários do PSB que Jackson Lago comete equivoco enorme ao insistir em ser o candidato das oposições.

Pelas avaliaçãos de Tavares, o tempo do seu sucessor já aconteceu. E defende para a disputa de governador nomes novos e com capacidade de articulação nacional. Por isso, acha que Flávio Dino representa sua alternativa.

Tavares, que se acha o responsável pela derrota da família Sarney em 2006 e,consequentemente,o dono da vitória de Jackson Lago, quer que ele e seu sucessor disputem as duas vagas ao Senado Federal em 2010.

João Castelo, que assiste a tudo distante e sem oferecer opiniões, começou a fechar com o nome de Jackson Lago. Enxerga em Flávio Dino seu adversário, até porque o deputado federal do PC do B busca a cassação do prefeito na justiça eleitoral.

A divisão, que nesse caso não é uma estratégia montada como ocorreu em 2006, pode favorecer aos oposicionistas, mas não deixa de enfraquer o movimento.

O quadro eleitoral de 2010 ainda é nublado. Tudo depende de como se comportará a governadora Roseana Sarney, que se mostra disposta a não cometer os mesmo erros do passado e evitar que seu grupo sofra nova derrota. É aguardar.


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