Às vezes, um jornalista deve deixar passar o calor de uma partida para tentar analisá-la. Por vezes, assim consegue mais frieza para pensar sobre o que acabara de presenciar. Opto pelo contrário.

Acabo de chegar do Castelão. Lá, poderia ter ficado na tribuna de imprensa, com sua frieza analítica e o conforto de sempre. Ao invés disso, optei e não me arrependo de virar noites em busca de ingressos, sonhando em ir com minha esposa para uma histórica quarta-de-final de Copa do Mundo, com o Brasil jogando em minha cidade natal.

O que vi foi exatamente o que mais se esperava e, sinceramente, eu não acreditava. Eu vi uma seleção que jogou com vontade de vencer, superando pela primeira vez nesse Mundial o medo de perder que tanto assombrava os comandados de Luiz Felipe Scolari.

O jogo coletivo evoluiu, o tático idem, mas o que foi determinante a favor da Seleção Brasileira foi a vontade, o saber fazer dos gritos das arquibancadas um estímulo para correr mais e melhor. O Brasil, se não foi brilhante, pôs na ponta da chuteira mais vontade do que vinha pondo. O torcedor, vendo a entrega em campo, cantou mais do que de costume. Uma simbiose foi criada e sobrepôs a qualidade do time colombiano, que em nenhum momento conseguiu impor seu jogo como nos 4 jogos até aqui.

Neymar

A trágica notícia da lesão de Neymar abala a todos os brasileiros. Referência, craque, Neymar é o homem a ser temido, aquele alguém que pode ser o diferencial para o Brasil ante seus adversários. No entanto, eu que sempre costumo ver as coisas de um viés mais pessimista, enxergo dessa vez algo positivo na tarde desta sexta-feira. O Brasil perdeu sua maior estrela, mas ganhou um time de futebol.

É com 11 operários, e nenhum deles acima da média, craque inquestionável como tantos que já vestiram a camisa amarela em Copas do Mundo, que o Brasil vai encarar a Alemanha. Os germânicos virão com um plantel de respeito, com várias opções táticas, encarar o Brasil sem seu craque e até sem talvez a melhor preparação tática. No entanto, quando a bola rolar no gramado do Mineirão, não serão os milhares de torcedores nas arquibancadas, mas os milhões de brasileiros que empurrarão a equipe canarinho rumo à difícil missão de bater tão duro adversário. Afinal, o objetivo maior perpassa por 7 fases e o Brasil já passou por 5 delas, mais do que outras 28 seleções.

E que a bola role…

Por Marcelo Bloc, Diário da Copa


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