Ministério Público Eleitoral pede para a PGR que apure caso Márcio Jerry
O episódio envolvendo os deputados Júlia Zanatta (PL-SC) e Márcio Jerry (PCdoB-MA) chegou à Procuradoria-Geral da República (PGR) através de uma Representação do Ministério Público Eleitoral (MPE) e deverá ser investigado.
O maranhense foi apontado pela colega como assediador após uma reunião realizada na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, na Câmara Federal, em Brasília, última terça-feira (11). Jerry nega a acusação.
A catarinense afirmou que o deputado teria chegado por trás dela e lhe dado um cheiro no pescoço. “Nunca dei liberdade para esse deputado e nem sabia qual era o nome dele, mas ele se sentiu LIVRE para chegar por trás de mim. A sorte que alguém pegou a cena absurda”, relatou ela nas redes sociais.
Após a acusação, Márcio Jerry disse que a cena real foi deturpada pela deputada bolsonarista e classificou como “fake news absurda” o que ele chama de insinuação. O deputado também disse que pediu para Zanatta respeitar a deputada Lídice da Mata no momento em que as duas discutiam.
Confira o vídeo:
A Representação encaminhada à PGR foi assinada pela procuradora Raquel Nascimento que providências cabíveis para apurar eventual crime de violência política de gênero, previsto no Código Eleitoral.
“Os fatos noticiados enquadram-se na hipótese criminal (…) e demandam apuração mediante a oitiva da vítima, oitiva das testemunhas presentes na ocasião, preservação de vídeos e gravações do local onde ocorreram os fatos, dentre outras medidas cabíveis para preservação da cadeia de custódia probatória”, diz o documento.
De acordo com o MPE, uma lei de 2021 tipificou como crime condutas que configuram assédio, constrangimento, humilhação, perseguição ou ameaça contra mulheres candidatas ou detentoras de mandato eletivo, que buscam impedir ou dificultar a realização de campanha ou o exercício do mandato parlamentar. A pena prevista para o agressor varia de 1 a 4 anos de prisão, além de multa.
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