Com promessas e mais promessas de passar oito anos no cargo de senador, Flávio Dino não esquentou a cadeira nem 30 dias. Se despediu na tarde desta terça-feira (20) do cargo em que foi eleito com a maior votação histórica no Maranhão para virar, na quarta-feira (22) membro do Supremo Tribunal Federal.

Dino deu claras demonstrações no seu último discurso que o Maranhão poderia ter um dos melhores senadores do Brasil. O político trocou o mandato pela toga, por um cargo vitalício com o maior salário do país. Teria o interesse financeiro falado mais alto?

Deixou de ser senador pelos votos do iludido eleitor maranhense. Os olhos de Dino ainda alimentam a visão de que será um dia presidente da República. A depender dos olhos fechados dos maranhenses, talvez, sim. Mas o Maranhão não é todo o Brasil.

Para conhecer o Maranhão, basta o eleitor brasileiro saber da nossa realidade. O ex-governador prometeu acabar com a fome em nossas terras no primeiro mandato. Não cumpriu. Prometeu do alto da sacada do Palácio dos Leões acabar com o IDH negativo em cerca de 30 cidades maranhenses. O número aumentou para mais de 40 de municípios paupérrimos.

No sistema de Segurança acertou apenas na condução da política do sistema de penitenciário, mas deixou mais de 70 cadeias caindo na cabeça de delegados, escrivães e agentes civis. Aliás, dezenas de cidades sem delegados. Um contingente muito inferior ao número de militares exigidos.

Rodovias de competência estadual tábuas de pirulitos, geração de emprego e renda feitos pés de cobra. Porém houve avanço na Educação. E só. Na saúde, foi um desastre, incluindo corrupção e até a prisão de altos servidores e suicídio.

Mas seus amigos não reclamam da sorte: os deixou bem na vida, com ou sem mandato, todos ganharam. E muito!


ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.