Encerradas as eleições de 1994, com Roseana Sarney eleita com folga governadora do Maranhão, uma nova e bastante disputada logo começou a balançar os bastidores da política maranhense. Foi a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão, em primeiro de janeiro de 1995, no antigo prédio da rua do Egito (foto abaixo). 

O então presidente do Legislativo do Maranhão, deputado Manoel Ribeiro, caminhava para mais uma reeleição, mas havia um sentimento de não aceitação da maioria dos deputados reeleitos e eleitos. A maioria queria renovar e simpatizava com o nome do deputado Clodomir Paz.

As articulações mostravam que a oposição ganhara força e que a eleição de Clodomir Paz, apelidado carinhosamente de “Pombinha” , era fava contada. Os Leões do Palácio ainda estavam dormindo.  Mas por pouco tempo.

Sentindo que perderia, Ribeiro pressionou o governador Zé Reinaldo e o governo entrou na guerra. Conseguiu o apoio de alguns parlamentares, mas não o suficiente para reeleger o presidente da época.

No dia da votação, o vice-governador José Reinaldo Tavares amanheceu na sede da Assembleia, conversando com todos em nome da governadora, mas nada. Iniciada a eleição, no primeiro escrutínio, houve o empate, 21 a 21.

O medo do governo era que o segundo escrutínio apresentasse o mesmo resultado e Clodomir Paz seria vitorioso por mais mais velho na idade que Manoel Ribeiro. O jeito foi jogar todas as forças.

Antes de iniciar a votação, houve compra de votos de um deputado de Pinheiro, que era eleitor de Pombinha, e de outro parlamentar que mais viria ser indicado e aprovado para o Tribunal de Contas do Estado.

Abertas as urnas, Manoel Ribeiro ganhou por 22 a 20. Então, o exemplo mostrou que o governo nunca perdeu uma eleição na Assembleia legislativa e nenhum presidente perdeu a reeleição.


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