O vice-governador Carlos Brandão (PSDB) corre contra o tempo para tentar viabilizar sua candidatura à sucessão do governador Flávio Dino (PCdoB). Ele sabe que precisa da declaração de apoio de Dino o mais rápido possível, para poder começar a negociar com os partidos.

O problema é que o vice-governador está cada vez mais sem margem para negociação. Dos 14 partidos que compõem a base de apoio do governador Flávio Dino, seis já estão fechados com o senador Weverton Rocha (PDT) e outros três devem anunciar seu apoio ao pedetista até o final do primeiro semestre.

Na base de Dino, além do PDT já estão com Weverton o PSB, o DEM, o PRB, o PSL e o Cidadania; ele articula também o apoio do PP.

Restaria a Brandão apenas o seu próprio PSDB, o PCdoB de Flávio Dino e o PT, que resiste a uma aliança com o tucano.
Outros partidos alinhados, como o PTB e o PL devem seguir outros rumos eleitorais. O PTB deve ir para o controle do senador Roberto Rocha (ex-PSDB). Já o PL terá o deputado federal Josimar de Maranhãozinho como candidato a governador.

Além da falta de partidos, o vice-governador carece de lideranças de peso ao seu aliado no grupo do governador Flávio Dino. Ele não tem a maioria dos prefeitos, não tem o apoio do presidente da Assembleia, nem da maioria dos deputados federais e estaduais. E já perdeu também o apoio do presidente da Famem e da Câmara Municipal de São Luís.
Sem saída, Carlos Brandão pressiona Flávio Dino a antecipar declaração de apoio, impondo o seu nome à base aliada.
Mas o governador tem resistido e adiado esta decisão por falta de consenso na base.


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