Folha.com

Bruno Santos/Folhapress
José Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente
Sarney Filho, um dos ministros que será investigado

GUSTAVO URIBE
DE BRASÍLIA

A comissão de ética da Presidência da República instaurou investigação contra seis ministros para apurar se houve irregularidade na oferta de caronas a parentes e lobistas em voos da FAB (Força Aérea Brasileira).

A apuração foi aberta com base em reportagem publicada nesta segunda-feira (11) pela Folha, segundo a qual os auxiliares presidenciais transportaram em viagens oficiais pessoas sem vínculo com a administração pública.

O órgão federal irá investigar o comportamento dos ministros Helder Barbalho (Integração Nacional), Sarney Filho (Meio Ambiente), Gilberto Kassab (Comunicações), Maurício Quintella (Transportes), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Dyogo Oliveira (Planejamento).

A norma que regulamenta a utilização das aeronaves oficiais não autoriza expressamente o embarque de pessoas sem cargo ou função pública.

O presidente da comissão de ética, Mauro Menezes, solicitou às pastas a relação dos ocupantes nos aviões militares e ressaltou que pessoas estranhas à gestão pública não deveriam acompanhar viagens pelo princípio da impessoalidade.

INTERESSES PÚBLICOS

“O uso de aeronaves é derivado de interesses públicos e deve respeitar o limite da necessidade. Não é possível a utilização para finalidades privadas”, afirmou.

Como punições, o código da alta administração federal prevê tanto uma simples advertência como recomendação de exoneração do servidor público ao presidente Michel Temer.

Na prática, a advertência tem como efeito uma espécie de registro de violação ética no currículo da autoridade, mas não impede o ministro de ocupar outros cargos na esfera pública.

Os seis ministros terão prazo de dez dias, após serem notificados, para apresentar esclarecimentos sobre as viagens oficiais.

No mês passado, a comissão de ética abriu investigação contra nove ministros, também baseada em matéria da Folha, sobre eles terem priorizado viagens oficiais a seus redutos eleitorais.

O órgão federal também concedeu direito à quarentena remunerada ao ex-delegado-geral da Polícia Federal Leandro Daiello.

Com a decisão, ele receberá salário integral do cargo pelos próximos seis meses. A remuneração bruta de Daiello era de R$ 37.550,19.

No período, ele não poderá desempenhar cargos nas iniciativas pública ou privada. No mês passado, Daiello anunciou sua aposentadoria do cargo.


ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Neto Cruz  O ex-secretário de saúde de Raposa, Romilson Froes, foi o segundo entrevistado do Programa ...
Os corpos das vítimas, identificadas como Nadila dos Santos, 17 anos de idade, e Ednara Fernandes, ...
Para proferir conferência para médicos, estudantes, profissionais da saúde da capital e do interior, entre eles, ...
Por Alex Ferreira Borralho De novo a Ludmilla? Na verdade, a estupidez dessa “cantora” é uma ...
Parte da carga de cimento chegou a cair sobre os veículos que estavam estacionados. SÃO LUÍS - ...
Na manhã deste sábado (27), o deputado estadual Wellington do Curso utilizou as redes sociais para ...

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.