Ministros do STF defendem que a delação da J&F seja cancelada
Por Mônica Bergamo
Folha.com
Demétrius Abrahão/Fotoarena/Folhapress | ||
O plenário do Supremo Tribunal Federal, em Brasília |
O clima azedou no STF (Supremo Tribunal Federal) em relação à J&F. Pelo menos três ministros defendem o cancelamento imediato da delação premiada da empresa, firmado em maio com o Ministério Público Federal.
VOZ PRÓPRIA
Os magistrados acreditam inclusive que não é necessário esperar por uma iniciativa da PGR (Procuradoria-Geral da República) para que isso seja feito.
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Basta que algum magistrado da corte levante a questão.
ALVO
Um deles diz que, a se confirmar o conteúdo dos áudios, ficaria caracterizado o crime de tentativa de obstrução da Justiça “pois esse é todo o propósito demonstrado nas conversas, quando falam até em destruir o Supremo”.
PÂNICO
Os executivos da J&F passaram os últimos dois dias apavorados, segundo interlocutores que tiveram contato com alguns deles.
PURA ILUSÃO
As conversas dos executivos da J&F com José Eduardo Cardozo ocorreram entre março em abril, quando eles já gravavam políticos para entregar ao Ministério Público Federal.
PURA ILUSÃO 2
Num dos encontros, diante da insistência dos executivos em perguntar sobre magistrados do STF, o ex-ministro da Justiça disse que, se alguém afirmasse a eles que poderia controlar a corte, estaria vendendo ilusão.
DOIS LADOS
O ex-procurador Marcelo Miller, pivô do escândalo das gravações da J&F, assinou em outubro de 2016, pelo MPF, acordo de leniência entre o órgão e a Embraer.
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A empresa era representada pelo escritório Trench Rossi Watanabe, o mesmo que depois acolheu Miller em seus quadros para fazer a leniência da JBS.
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Eu vou-te conta o camarada que acha uma coisa dessa certa e brincar muito com a cara do povo