Professor da rede estadual denuncia exoneração de gestores eleitos

O Blog do Robert Lobato recebeu email de um professor da rede pública estadual em que  faz denúncia de que gestores eleitos diretamente pelas comunidades escolares estão sendo exonerados sem motivação aparente e também sem o direito de defesa.

Intitulado “Um tiro no pé”, o texto-denúncia do professor em questão faz referência a uma portaria de assinada pelo secretário Felipe Camarão, publicada no Diário Oficial do dia 28 de junho de 2018, que teria determinado a exoneração coletiva de gestores em todo o estado.

O editor do Blog entrou em contato com o secretário, mas ainda não obteve um retorno do mesmo.

Como se sabe, Felipe Camarão é sempre muito atencioso com a imprensa e não tergiversa sobre assuntos relacionados a sua pasta, por mais incômodos que eventualmente podem ser.

A seguir a denúncia do professor. Confira.

Um tiro no pé

O governador Flávio Dino canta e decanta orgulhosamente que implantou a gestão democrática nas escolas estaduais quando instituiu as eleições diretas para gestores escolares. Até aqui tudo bem. Mesmo sendo um processo controverso, disposto a algumas críticas, e que não atraiu o número de pretendentes ao cargo, como imaginavam os arautos do governo, o processo aconteceu. Entretanto o que vai na contramão do discurso do governador é a prática adotada hoje pelo governador e pelo seu secretário de educação, que tem exonerado gestores eleitos diretamente pela comunidade escolar, sem que seja respeitada a prerrogativa de escolha da comunidade escolar.

O fato se comprova pela Portaria de exoneração coletiva, assinada pelo Secretário Felipe Camarão, e publicada no Diário Oficial do dia 28 de junho.

O que se pergunta é: Mas isto não é um intervenção à vontade da comunidade escolar? Onde fica o princípio democrático da escolha dos gestores? Independente das razões que levaram a essa exoneração, foi formalizado algum procedimento administrativo? Foi garantida alguma defesa aos gestores eleitos e agora exonerados? Com a palavra o secretário Felipe Camarão e o governador Flávio Dino.