Alumar terá que explicar demissões em audiência pública na Assembleia Legislativa
Ontem (06) a ALCOA/ALUMAR deu início ao processo de demissão em massa
anunciado último dia 30 de março. O setor de recursos humanos da
empresa sediada em São Luís (MA) está notificando de forma individual
os trabalhadores da Redução – setor que segundo a Multinacional – terá
as atividades encerradas.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos – SINDMETAL, apesar
de ter anunciado as demissões a empresa faz um tipo de encenação no
processo de desligamento, colocando os trabalhadores em uma espécie de
“licença remunerada”, onde os mesmos são dispensados de comparecer à
empresa nos próximos trinta dias.
“A empresa está mandando os
trabalhadores para casa com o único intuito de isolá-los e
desmobilizar a categoria que luta pela manutenção dos seus empregos”,
denuncia José Maria Araújo, presidente do SINDMETAL.
O anúncio de demissão em massa por parte da multinacional causou
espanto em toda a sociedade maranhense e brasileira. Veículos locais e
nacionais de comunicação vêm dando destaque à falta de compromisso da
ALCOA no Brasil, empresa que possui diversos benefícios e isenções
fiscais.
Diversos deputados estaduais do Maranhão fizeram discursos reiterando
a perplexidade pelo número de demitidos. A Assembleia Legislativa do
Maranhão realizará uma Audiência Pública nesta quarta-feira, dia 8 de
abril, às 15:00 horas no auditório da instituição com o objetivo de
cobrar explicações sobre a situação da empresa, produtividade, lucro,
demandas, contrapartida social, entre outros.
“Convidamos toda a sociedade para esta audiência que se faz necessária
em virtude de cobrarmos respeito ao povo maranhense que acolheu a
multinacional em nosso Estado desde a década de 80, ofertando recursos
naturais e mão de obra para o crescimento da mesma”, comentou Araújo.
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Ora! Está escassa a energia elétrica, o preço da energia existente está exorbitante, não há perspectiva a curto ou a médio prazo para a solução do problema, o custo de produção do alumínio é em grande parte o custo da energia. É uma pena, mas não tem como ser diferente! A empresa não
tem como manter a fábrica sem energia ou com a energia tão cara por muito tempo. A culpa é dos governantes que não planejam ou planejam pouco e planejam mal., coisas doBrasil.
Não há como deixar de endossar a opinião do internauta acima, Cariso, sobre as demissões na Alumar.
O quadro citado por ele é mais do que suficiente para justificar tantas demissões. É lamentável especialmente pelo aspecto social, já que milhares de pessoas ficarão sem a proteção financeira do emprego dos pais.
Agora, veja-se também o mesmo drama de milhares de trabalhadores que foram demitidos da COMPERJ, aquele empreendimento da Petrobras no RJ que, dada a grande corrupção do PT na empresa, também demitiu milhares de trabalhadores.
E os milhares que também perderam o emprego na cidade de Macaé-RJ, um dos principais polos da Petrobras. E ainda os 16 mil que perderam o emprego no estaleiro Rio Grande, RS, construído no primeiro mandato do barbudo Lula, e que era motivo de propaganda para seu governo, mas que agora, também destruído pela corrupção, demitiu 16 mil empregados.
Como se vê, o quadro é desolador por todo o país, graças a essa desastrosa política econômica e também a roubalheira desenfreada do PT por todo o país. E sair dessa recessão não vai ser fácil. Pior é que a recessão mal começou. E, segundo a Empiricus, uma das maiores consultorias econômicas do país, diz que ela vai durar pelo menos 10 anos! Já pensaram num desastre econômico desse?
Portanto, não vejo como o governo estadual pode reverter essas demissões na Alumar, infelizmente.
JEAN PAUL DES SAINTS