O amigo leitor sabe que o Blog do Luis Cardoso tem uma visão crítica do projeto de governo de Flávio Dino, desde o início de sua campanha eleitoral. Mas reconhece que ainda é cedo para cobranças.

Porém, é preciso reconhecer também quando atitudes certas são tomadas no curso da gestão. E uma delas tem sido o tratamento com a classe política.

O governador tem dois articuladores políticos que estão sempre à vontade para conduzir politicamente os rumos do novo governo: Marcelo Tavares, na chefia da Casa Civil, e Márcio Jerry, na Articulação Política.

A dupla tem agido de forma afinada e acertado até aqui no diálogo com os políticos. Veja só a escolha do líder do governo, um ex-sarneista de carteirinha, deputado Rogério Cafeteira.

A indicação, para os que ainda não sabem, fortaleceu a eleição de Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, que foi quase consensual. Como diria Nelson Rodrigues, “toda unanimidade é burra”, dos 42 deputados, dois não votaram na chapa vencedora.

O resultado da eleição foi uma demonstração de maturidade do governo no campo político e uma maneira explícita de que política se faz com diálogo e união quando a causa é comum.

O governador Flávio Dino não necessitou dos políticos para se eleger. Os ventos da mudança e o desejo de transformação estavam ao seu lado.

Ainda assim, procurou os políticos para montar seu governo, independente de cor partidária. No segundo escalão, os nomes em boa parte da nova gestão são os mesmos que estavam com Roseana e seu grupo. Então fica bem aqui claro de que não existe essa de perseguição. Há sim o aproveitamento do bom técnico.

A presença do governador na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa e a apresentação do seu plano de governo era algo que batia a saudade. Roseana Sarney governava sempre distante dos políticos. Aliás, nem os deputados eram recebidos no Palácio.

O que se espera da nova administração é que os políticos possam ser ouvidos. Afinal, quer queiram ou não, foram escolhidos pelo voto para representar a população.


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