Pelo menos uma das 17 medidas emergenciais lançadas dia 1º de janeiro pelo governador Flávio Dino (PCdoB) poderá deixar de ser cumprida: a venda da Casa de Veraneio do Governo do Estado em São Marcos, isto porque, como o jornalista Aquiles Emir noticiou várias vezes, desde o ano passado, quem adquirir o imóvel não poderá demoli-lo, já que foi construído numa zona de preservação ambiental. Segundo um membro do Conselho do Instituto da Cidade, que trabalha na elaboração do novo Plano Diretor de São Luís, a informação impactou alguns membros da comissão constituída com este fim, pois o impedimento de demolição deprecia a avaliação que o Governo tinha de R$ 20 milhões oferecida por alguns interessados no imóvel. Os mais frustrados eram os mais afoitos na demolição de um patrimônio que “só servia para Roseana Sarney fazer festas”.

Para ser vendida por este valor, a Casa de Veraneio teria de desaparecer e em seu lugar surgir um condomínio de luxo ou então um hotel de cinco estrelas, e aí fica a pergunta: o que a cidade ganharia com isto? Que benefício a população de São Luís teria com o Estado vendendo um patrimônio seu para construir moradias de luxo para ricos ou um hotel para turistas de alto poder aquisitivo? Praticamente nada, até porque o dinheiro arrecadado seria bem menos dos R$ 20 milhões pretendidos, pois o comprador iria dar apenas uma pequena parte em dinheiro e o restante em apartamentos, ou seja, não daria sequer para comprar alguns equipamentos básicos para um hospital voltado para tratamento do câncer.

Quando construída em 1928, pelo então governador Magalhães de Almeida, para servir de abrigos aos governantes em períodos de férias, não havia plano diretor em São Luís. Hoje está estabelecido que nenhuma construção (com exceção de barracas) pode ser erguida na faixa de areia das praias, e ela está justamente numa posição assim, ou seja, fere a norma de urbanização da cidade.

Diante do fato novo, o mais provável é que o Estado dê outra destinação ao imóvel, que pode ser transformado num museu ou num aquário, onde ficariam expostas espécies vivas de peixes, mariscos, moluscos e outros frutos do mar ou até mesmo dos rios maranhenses. Ainda de acordo com este conselheiro do Instituto da Cidade, ninguém iria pagar R$ 20 milhões por um imóvel como este para morar, por dois motivos básicos: com esse dinheiro compra-se algo bem melhor nas áreas nobres de São Luís e residir numa casa sem privacidade, por estar cercada de edifícios residenciais e hotel, não vale a pena.

Do Blog do Aquiles Emir


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