Depois de apresentar diferença favorável a Flávio Dino de 21% da preferência do eleitorado maranhense, o Ibope duas semanas depois mostrou que houve uma queda no favoritismo do candidato comunista e a subida do concorrente Lobão Filho.

Os últimos acontecimentos, como a varredura na aeronave que transportava o senador do PMDB e a revista nos carros dos amigos do candidato numa madrugada na cidade de Imperatriz e logo depois a acusação de interferência no pleito pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Edmar Cutrim, a candidatura de Lobão Filho cresceu de forma surpreendente.

Outro motivo que favoreceu ao candidato peemedebista foi o pulo de prefeitos desgastados e pessimamente avaliados em suas cidades para o candidato comunista Flávio Dino. São candidatos, também, a deputados que não irão se eleger ou reeleger.

A propalada mudança começou a ficar com a cara da oligarquia Sarney. Exceção a Márcio Jerry, Márcio Jardim e Domingos Dutra, a cambada que segue Flávio Dino é filhote do Sarneismo, a exemplo dos que pularam mais recentemente.

O eleitor não é bobo para não perceber a artimanha de Flávio Dino aceitando de braços abertos todos os filhos da oligarquia para vencer de qualquer jeito a eleição, jogando no chão a bandeira da mudança. Mudar com os mesmo que estão mamando nas tetas do oligarquia? Santa paciência.

Não fosse o episódio protagonizado pelo presidente do TCE, só estava faltando Roseana Sarney pular para o barco dinista. Ela passou esse tempo todo de campanha se mover uma palha pelo “seu candidato”. Os prefeitos ligados a ela cruzaram os braços esperando o dinheiro que não veio, acostumados a lucrar a cada pleito estadual;

A campanha de Lobão Filho vem se tornando vitoriosa sem a utilização dos dois leões do Palácio do Governo, sem o dinheiro das farras dos convênios e sem os recursos que abarrotavam aviões que cruzavam os césus maranhenses na proximidade do pleito. Foi uma campanha menos rica do que a do seu opositor Flávio Dino. O eleitor observou claramente.

Portanto, a candidatura de Lobão Filho ganhou musculatura nesta reta final de campanha na definição de muitos indecisos e na mudança dos que perceberam que o senador do PMDB estava sendo vitima de armações, ataques e agressões das mais sórdidas possíveis. Como diria os mais antigos: o tiro saiu pela culatra.


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