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Carlos Alberto Pereira da Costa, sócio do doleiro Alberto Youssef na empresa GFD Investimentos, declarou ao Jornal Nacional que parlamentares frenquentavam o escritório do doleiro e da empresa. A GFD é investigada pela Polícia Federal por receber milhões de reais de origem duvidosa de construtoras que tinham contratos com a Petrobras, o que foi investigado pela Operação Lava Jato.

Youssef e Costa foram presos pela PF; o advogado foi solto na última segunda (15) por ter colaborado espontaneamente com as investigações. Ele não fez acordo de delação premiada, mas decidiu contar o que sabe sem ter garantia de redução de pena.

Costa afirmou ao Jornal Nacional que foi apresentado a Youssef pelo ex-deputado federal José Janene (PP-PR), que morreu em 2010 e era um dos réus do mensalão do PT.

“O papel do Alberto Youssef, segundo me relatou o deputado José Janene, ele era o responsável pelo caixa dois do José Janene. Eu sei que, mesmo depois do falecimento do deputado José Janene, o senhor Alberto Youssef continuou à frente na questão de cuidar do caixa. Ele fazia o caixa dois do partido, do PP, né?”, disse o advogado.

Costa afirmou que sete parlamentares frequentavam os escritórios de Youssef e da GFD. Segundo ele, todos eram deputados federais ligados à bancada do governo. Questionado se eram do Partido dos Trabalhadores (PT) ou de outros partidos, respondeu: “De outros partidos”. Mas disse que, estando sob sigilo, preferiria não mencionar nomes.

O único nome de parlamentar citado pelo advogado foi o do deputado Luis Argôlo (SD-BA) que, segundo o sócio de Youssef, frequentava a empresa do doleiro. “Ele ia, e tinha uma permanência, permanência não, uma periodicidade talvez, mensal, ia sempre na GFD”, declarou Costa.

O advogado disse também que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, teve vários encontros com Youssef. “Eu o vi talvez duas, três, quatro vezes. Eles se reuniam em sala fechada. Sabia que era o Paulo, o diretor da Petrobras, mas não sabia a que se devia essas reuniões, qual o objetivo dessas reuniões”, afirmou.
Paulo Roberto Costa também foi preso na Operação Lava Jato.

Na última quinta (18), o Jornal Nacional informou que, em acordo de delação premiada, ele afirmou a investigadores da PF e do Ministério Público que recebeu R$ 1,5 milhão de propina de um esquema de corrupção relacionado à compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, nos EUA. Um dia antes, na CPI mista da Petrobras, ele disse que não tinha nada a declarar.
Outro lado

A assessoria do deputado Luiz Argôlo informou que o parlamentar já se defendeu no Conselho de Ética e que não vai comentar as novas declarações.
O Jornal Nacional tentou entrar em contato com a advogada do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que está preso, mas ela não retornou as ligações.
O Partido Progressista (PP) informou que desconhece as denúncias e que está à disposição para colaborar com as investigações.


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