Futuro de João Castelo nas eleições deste ano ainda é indefinido…

O PSDB decidiu por ele, e João Castelo (PSDB) estará na disputa a uma vaga na Câmara Federal. No entanto, abortado seu desejo de concorrer para senador – para priorizar o compromisso já firmado pela chapa de Flávio Dino (PCdoB) com o pré-candidato ao Senado, Roberto Rocha (PSB) –, é incerto para quem irá o apoio político do ex-prefeito.

Em carta lançada, ainda no mês passado, ao “povo maranhense”, Castelo assegurou que disputará para deputado federal, mas deixou claro sua insatisfação em não concorrer ao Senado. “Embora respeite o veto já homologado em ata, reputo que a decisão do partido contraria a vontade soberana do povo. O PSDB optou por indicar somente o candidato a vice-governador numa coligação liderada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB)”, declarou Castelo, informando em seguida: “O veto não me desanima, não tira o meu ânimo para a luta. O partido tem o veto, mas o voto é do povo. E, por isso, serei candidato dos maranhenses a mais um mandato de deputado federal.

A adesão do PSDB a chapa do pré-candidato ao Governo, Flávio Dino, foi oficializada em visita à São Luís do candidato tucano à presidência, Aécio Neves, no inicio de maio. Com o novo apoio o PSDB complicou os planos de outros partidos que já estavam na coligação. A vaga de vice-governador, dado ao deputado federal e presidente estadual do partido, Carlos Brandão (PSDB), seria do PDT. E a candidatura ao Senado, menina dos olhos de Castelo, já havia sido prometida a Roberto Rocha (PSB).
Com a confirmação de Brandão como vice, seria muito acumular ao PSDB a disputa ao Congresso Federal. E no dia 16 de junho de 2014, a Comissão Provisória da Executiva Estadual do PSDB, vetou os planos de Castelo, que ia bem nas pesquisas eleitorais.

Em entrevista a O Imparcial, o presidente do PSDB declarou que política é feita por renuncias, justificando o posicionamento da legenda. “Houve diversas renuncias, essa eleição será lembrada por sua grandeza. Os projetos pessoais, foram diminuídos diante dos projetos partidários, em torno do compromisso de mudança”, opinou Carlos Brandão. Ele lembrou que o PDT abriu mão da vice-governadoria de Flávio, para dar a vaga ao PSDB; que a deputada Eliziane Gama (PPS) desistiu de sua candidatura a Governo para apoiar Flávio; e que, assim como Castelo, Zé Reinaldo e Dutra renunciaram a disputa ao Senado para que Roberto Rocha permanecesse na disputa.

Contrariado com o veto, Castelo estará livre durante a eleição, podendo fazer sua campanha desvinculado do partido. Com isso, resta saber se ele pousará ao lado de Flávio, ou se, ainda, anunciará apoio do candidato governista, Lobão Filho (PMDB).

O Imparcial

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