Justiça extingue pena contra Calvet por prescrição
O Ministério Público estadual havia denunciado Reinaldo Calvet por não ter prestado contas do exercício financeiro de 2001 ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), dentro do prazo estabelecido em 2002. A defesa do ex-prefeito alegou que as contas foram apresentadas, embora com atraso, em julho de 2002, e disse que a Câmara Municipal opinou por sua regularidade.
A sentença de primeira instância condenou Calvet a 1 ano, 7 meses e 15 dias de detenção, em regime aberto, punição substituída por multa e por pena restritiva de direitos. A defesa do ex-prefeito entrou com recurso de apelação.
O desembargador Bernardo Rodrigues já havia apontado a prescrição da pena em sessão anterior, voto seguido pelo desembargador José Luiz Almeida, contra o parecer da Procuradoria Geral de Justiça, que foi pelo improvimento do recurso.
Raimundo Nonato de Souza, que pediu vista dos autos, ressaltou que o prazo entre o delito e o recebimento da denúncia foi superior a cinco anos e que, no caso, a legislação informa que a pena aplicada prescreve em quatro anos. Preliminarmente, o desembargador decidiu declarar extinta a punibilidade, considerando desnecessária a análise do mérito do recurso.
Com informações da Assessoria de Comunicação do TJMA.
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Coisas como essa legitimam o Brasil como um dos países mais corruptos do mundo, segundo a organização Transparência Internacional. O passo-a-passo dessa modalidade de impunidade é simples:
1. O político “Faz e Acontece” com os recursos públicos;
2. Morosa, a justiça dá todo o tempo do mundo para o político recorrer e empurrar com a barriga;
2.1. Isso quando o político já não é apaniguado de alguém relevante no Judiciário que, possívelmente, foi ‘nomeado’ para o cargo para resolver ‘pepinos’ como esse;
2.2. Ou, as pessoas ‘esquecem’ de denunciar.
3. ‘O tempo passa, o tempo voa’ dizia a propaganda do extinto Bamerindus… e o político continua numa boa. E aí, dá nisso. Prescrevem-se prazos, esquece-se do passado e, no fim, eles vão rir da nossa cara e brindar com algo no nível de um Perrier-Jouet. Com o dinheiro do povo, pra variar.