O Brasil inteiro sabe que houve crime no mensalão, diz FHC
Veja– O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou nesta terça-feira que espera que haja condenações no julgamento dos 38 réus do processo do mensalão, maior escândalo de corrupção da República. “Eu acho que houve crime, o Brasil inteiro sabe disso”, afirmou Fernando Henrique, após uma palestra em São Paulo.
“Uma pesquisa mostrou que as pessoas estão acompanhando o julgamento, mas não acreditam que tenha alguma coisa (condenação). Eu acho que é preciso que tenha alguma coisa”, disse o ex-presidente. Questionado se acha que condenações manchariam o legado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente na época em que o escândalo eclodiu, FHC respondeu que sim.
O tucano comentou ainda o fato de a presidente Dilma Rousseff (PT) manter bons índices de popularidade mesmo em meio ao julgamento do mensalão, que tem na mira prioritariamente petistas que articularam eO Brasil inteiro operacionalizaram o esquema de pagamento de mesada em troca de apoio parlamentar na Câmara dos Deputados durante o governo Lula. “A razão é óbvia: o povo está pensando que ela está direito, mesmo contrária a essas posições antigas do PT.”
Greve
Fernando Henrique mostrou compreender a posição da presidente Dilma também em relação às greves do funcionalismo no país. “Ela enrijeceu. Eu não vejo que ela pudesse não enrijecer”, afirmou o ex-presidente. “A presidente Dilma está num momento de dificuldade financeira e de muita pressão dos funcionários, que se habituaram durante o governo Lula, que tinha mais folga, a receber aumentos. Ela não tem a mesma condição. Ela não pode.”
Desde a semana passada, servidores federais têm feito greve para pressionar o governo a conceder a eles aumentos salariais. As paralisações travaram as estradas, prejudicaram o movimento nos portos e causaram caos nos aeroportos. Nesta terça-feira, a Presidência deu início a uma rodada de negociações com os sindicalistas.
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De fato, o funcionalismo público federal ficou muito mal-acostumado com os aumentos “bonzinhos” concedidos pelo Lula, acima da inflação de cada período de concessão. Para mostrar que era o grande paizão do povo, e de todos, não mediu esforços para fazer trens da alegria em todos os segmentos do governo federal.
Hoje, com a grave crise mundial que deixou até os Estados Unidos de joelhos em 2008, e que ainda não conseguiu se levantar, vários países europeus vêm batendo as botas, numa demonstração de que economia é um assunto sério do qual não se pode descuidar um minuto, até para que o resto do mundo, na economia globalizada em que se vive, não seja abalado. A situação do Brasil, se comparada com a de países europeus, exceção da Alemanha, pujante pela sua indústria, e da Inglaterra, que não aderiu ao euro, todos os países do bloco fraquejam das pernas.
A Grécia, coitada, sem nenhuma tradição industrial, não tem a menor condição de permanecer no bloco, e de sustentar o euro: a Espanha deve até a raiz dos cabelos; a Itália, com a economia combalida; a Irlanda, de pires na mão, etc… e na península ibérica, fazendo dupla com a Espanha, Portugal está muito mal das finanças, também.
Assim, é incompreensível que mais de 700 mil funcionários públicos federais queiram aumentos, acima da inflação, numa época de vacas magras, onde a própria indústria automobilística precisou da isenção do IPI para esvaziar os pátios… e olhe que no serviço público federal ninguém ganha abaixo de 4 mil reais… é brincadeira
Não gosto do PT, por causa do grande lamaçal em que meteu nosso país, nunca votei nesse partido e jamais votarei, mas que a presidente Dilma está certa ao endurecer contra esse movimento paredista, ah!, isso está, sim!
Fred Torremolinos