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A frieza como Jhonatas Sousa c0ntou os detalhes não é nenhuma novidade. A forma cruel como executou o crime faz parte do cotidiano do bandido, que confessou mais de outros 20 assassinatos.

Mas alguns detalhes chamaram a atenção, ontem, na reconstituição completa do crime. A começar pelo horário de chegada do criminoso ao local de trabalho de Décio Sá, quase no mesmo instante em que o profissional estacionou em frente ao Sistema Mirante.

Depois, o deslocamento do executor até um quiosque na Ponta da Areia, onde um carro (Corsa Classic) o aguardava, segundo relato do bandido.

Após alguns minutos de conversa, ele trocou a moto que pilotava pelo carro, seguindo direto para um sítio de Júnior Bolinha, no Araçagy, de onde saiu depois das 20h, na garupa de uma moto, para aguardar o jornalista novamente no local de trabalho.

Em seguida,  ele se preparou para executar o profissional em frente ao Pets Caldo, na Ponta da Areia, local de bastante movimentação e não o fez por causa da presença de uma viatura da PM no local. Como se observa, o matador fora mesmo orientado fazer a execução em local público e movimentado, diferentemente do que é habitual aos pistoleiros que matam sempre em lugares menos frequentado.

Causou estranheza também uma moto que esteja seguindo um carro e o perca de vista entre o percurso do final da Ponta da Areia para a entrada da Litorânea. Jhonatan conta que seguiu pela avenida dos Holandeses até a altura do Shopping do Automóvel, quando decidiu percorrer a Litorânea em busca do carro de Décio Sá.

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Se perdeu o carro de vista, Décio Não poderia ter seguido em frente? Qual o faro que levou o assassino a imaginar que o jornalista tenha ido para a avenida Litorânea?

Ao avistar o veículo, Jhonatam desceu da moto e ficou bem perto de onde o jornalista estava, do lado de fora, numa mesa em conversa com três pessoas. Uma mulher, que estava sentada, e dois homens levantados. Quem eram essas pessoas? Décio chegou primeiro ou elas já estavam no local? Se a polícia sabe quem são, qual a razão do segredo?

Assim que se despediu dos três, o jornalista entrou no bar e seguiu para o fundo, ocupando outra mesa. Foi o tempo suficiente para que o matador entrasse quase que correndo para executá-lo. Além dos garçons e outros presentes, as três pessoas que conversavam com o jornalista não ouviram os estampidos das balas? Voltaram ao local para saber o que de fato acontecera?

E, ao retornar para a moto, o executor desceu em frente ao Morro do Ipem, onde subiu, não sem antes deixar a pistola com o seu comparsa. E por que razão deixou a pistola e levou apenas o pente? Ele contou ontem que na subida do morro trocou de camisa e chinelos, além de deixar o capacete no local, alcançando o Clube do Jeep e de lá rumando por uma avenida próxima da igreja católica, no Calhau,  para  em seguida  ganhar a via que passa na lateral da PM e depois a Jerônimo de Albuquerque até a Cohama, onde pegou um táxi, sempre andando.

Subir o morro no período da noite para sair no Clube do Jeep requer muito esforço físico, mas Jhonatas é novo, tem apenas 24 anos. Mas o trajeto em matagal quase fechado requer conhecimento do local. Precisaria treinamento, no mínimo. Então, o matador sabia que o jornalista iria, ao final do trabalho, para o Estrela do Mar, naquela fatídica noite de 23 de abril deste ano?

São indagações que ainda pairam em nossas mentes, principalmente depois da reconstituição completa do crime.


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