Governo baixa impostos para compra de carros e empréstimos
Redução atinge IPI para aquecer vendas de automóveis e IOF em operações de crédito.
R7
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira (21) uma redução do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) para compra de carros, além de outras ações para estimular o crédito. A redução será progressiva até agosto deste ano. O custo total das medidas é de R$ 2,1 bilhões.
Para carros para até mil cilindradas (1.0) vendidos por empresas instaladas no Brasil, o imposto será reduzido de 7% para zero até o fim de agosto deste ano. Já para carros importados, o percentual cairá de 37% para 30%.
No caso de veículos fabricados no Brasil de mil até duas mil cilindradas (2.0), o IPI para carros movidos a álcool e “flex” (gasolina e álcool) será reduzido de 11% para 6,5%. Já para os importados, o imposto cairá de 41% para 35,5%.
Segundo informações do Banco Central, a para compra de veículos, que registra atrasos superiores a 90 dias, atingiu em abril a marca de 5,7%, o maior percentual da série histórica, desde 2000.
Mantega ainda anunciou a liberação de parte dos depósitos compulsórios (recursos que ficam retidos no Banco Central para controlar a inflação) para estimular o crédito para a compra de veículos.
O financiamento terá mais parcelas, e o bancos privados também se comprometeram em reduzir a entrada para aquisição do bem, além de realizar redução do custo financeiro, ou dos juros do empréstimo. O BC vai liberar compulsório para viabilizar um volume maior de crédito nessas atividades e para reduzir o custo do crédito. Vai reduzir o compulsório para esta carteira de financiamento, para aumentar o volume do crédito e baixar o custo.
IOF
O governo também decidiu reduzir o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para todas as operações de crédito de pessoas físicas de 2,5% para 1,5% ao ano. Não há prazo definido para a manutenção do imposto nesse patamar mais baixo.
De acordo com Mantega, as medidas servem para estimular a economia.
— Estamos diante do agravamento da crise financeira internacional. E isto está trazendo problemas para os emergentes como um todo. (…) O governo tem de tomar medidas de estímulo para combater as consequências dos problemas trazidos pela crise financeira internacional.
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