deputado Arnaldo Melo. Foto: Agência Assembleiadeputado Arnaldo Melo. Foto: Agência Assembleia

O deputado Arnaldo Melo afirmou hoje que a Assembleia Legislativa, instituição que preside, “não é  casa de polícia”, ao justificar sua posição contrária à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar os crimes de pistolagens no Maranhão que estão impunes de 2010 até os dias de hoje.

A reação do presidente do legislativo maranhense não surpreendeu. Afinal, ele é da bancada governista, que já recebeu orientação da própria Roseana Sarney para que não assinasse a CPI.

Assim que tomou conhecimento da proposta, pelo deputado Bira do Pindaré, de que pediria a criação da comissão, Melo reuniu os membros da Masa para jogar contra.

Os mesmos argumentos apresentados na sessão de hoje, foram os mesmos mostrados aos membros da Mesa em reunião no início da semana passada.

Melo explicou que a Assembleia não tem estrutura e nem meios para realizar os trabalhos de investigação. Claro que não tem. Assim como cada deputado não tem conhecimento suficiente para desenvolver bem seu mandato e, por isso, contrata assessores.

A CPI do Crime Organizado, em 1999 não tinha na sua composição grandes advogados, ex-juízes, policiais ou agentes federais. Mas foi auxiliada pelas policias civil e militar, sob o comando do então secretário de Segurança Raimundo Cutrim.

A CPI da Pistolagem não precisaria prender nenhum pistoleiro ou mandante. Ela teria o apoio dos delegados, agentes, militares e até, quem sabe, da PF se fosse o caso. As prisões ficariam a cargo da Justiça, assim como os julgamentos e as condenações.

Mas o que o presidente Arnaldo Melo omitiu foi o fato de que a CPI da Pistolagem, se fosse criada, traria dois incômodos: um para o governo, que deixaria a imagem do seu sistema fragilizada, e a outra não menos importante de que boa parte dos crimes de encomendas é idealizada nos meios políticos e aí tem muita gente ligada a deputados.

Quantos prefeitos e vereadores que mandaram matar ou que foram assassinados são ligados aos deputados? E os familiares de parlamentares envolvidos nos crimes? Ou até mesmo deputados citados como envolvidos como mandantes?

Portanto, a bancada governista atende aos desejos da governadora e livra a sua própria pele. Agora, ao não querer que a pistolagem seja freada é permitir que a prática criminosa continue avançando de forma descarada e ninguém sabe quem será a próxima vítima.


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