O corregedor e ouvidor do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão teve um despacho fora de sua pauta legal na tarde de ontem. Solícito e sempre educado, o desembargador Bernardo Rodrigues ouviu atentamente as reclamações de dirigentes do Grupo Solidariedade de Paço do Lumiar sobre transferências de títulos eleitorais para  aquela cidade nas últimas semanas.

Os reclamantes alegavam  um esquema montado para beneficiar os atuais vereadores de Paço do Lumiar que estariam transferindo domicílios eleitorais com comprovação forjada.

Citaram casos em que oito pessoas apareciam como residentes de uma  única casa sem que habitassem nela. Os fraudadores apresentam contas da SAE (sistema de abastecimento de água) como comprovantes. “Cada vereador tem uma cota”, afirmou um dos dirigentes do movimento.

Na eleição de 2008, o mesmo esquema foi praticado, além da clonagem de mais de 5 mil títulos, denunciaram e tendo como um dos líderes da irregularidade o presidente da Câmara Municipal o vereador Alderico Campos. Aliás, um dos irmãos de Campos chegou a ser detido pela prática.

O desembargador Bernardo Rodrigues, que os atendeu por mais de 1h, esclareceu que as denúncias devem ser feitas, inicialmente, na base, no Ministério Público e em seguida na Justiça de Paço do Lumiar.

“Se nenhuma providência for tomada, aí sim entraremos na questão, no que creio não será necessária”, avisou. Os dirigentes da entidade elogiaram ao desembargador a postura do MP de Paço do Lumiar.

Conforme as denúncias, diariamente carros lotados de eleitores de Ribamar, Raposa e até pessoas do Coroadinho, Cohatrac e outros bairros estão se habilitando como eleitores de Paço do Lumiar, respaldados em certidões falsas de residências pelo SAE.

Os dirigentes do Grupo Solidariedade enxergam as impressões digitais do enrolado presidente das Câmara Municipal Alderico Campos, que sempre alardeia ter proteção no Tribunal de Justiça, no esquema eleitoreiro.

Coincidentemente, seu irmão, o ex-vereador por Paço do Lumiar, Fred Campos, foi nomeado diretor do setor de distribuição do TJ do Maranhão, mas o presidente do judiciário, Guerreiro Júnior, alega que o ato foi de exclusividade da desembargadora Buna, vice-presidente da casa de Justiça, que deveria ser mais justa. Uma lástima!

Corrreção: 12/04/2012 às 15h04

A assessoria do TJ informou que Fred Campos iria sim ser o chefe do setor de distribuição, mas o fato não se concretizou. Uma outra pessoa foi nomeada em seu lugar.


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