O drama de Luzia e a morte no Hopi Hari
Vianópolis, Goiás – Luzia Rodrigues Pereira, 74 anos, agricultora aposentada com R$ 622 por mês, passou 31 horas presa na cadeia pública desta cidade de 12 mil habitantes, no interior goiano, por não conseguir pagar pensão alimentícia aos quatro netos.
Vinhedo, São Paulo – Até o momento, não se tem notícia de que alguém tenha sido responsabilizado, punido ou preso pela morte da adolescente Gabriela Nychymura, de 14 anos, morta na última sexta-feira (24) ao cair de uma altura de 25 metros porque a trava de segurança de um brinquedo do Hopi Hari não funcionou.
As histórias sobre estes dois dramas humanos foram publicadas em páginas diferentes da Folha desta sexta-feira (02). Se estivessem lado a lado, mostrariam como somos não apenas um País ainda muito pobre, mas profundamente injusto, acima de tudo.
A idosa só foi libertada na tarde de quarta-feira (29) depois que a sua advogada e moradores da cidade juntaram os R$ 1.588 que devia à nora. Luzia paga pensão há três anos por decisão da Justiça porque seu filho está desempregado e não é localizado.
Nos últimos seis meses, deixou de pagar a pensão à ex-nora por falta de dinheiro, e por isso foi presa, segundo relato do repórter Léo Arcoverde.
O problema de Luiza é não ter recursos para contratar um advogado como Alberto Toron, uma das mais caras estrelas da advocacia criminal, agora a serviço dos proprietários do Hopi Hari, poderosa empresa do ramo de diversões, controlada desde 2009 pela Integra Associados, que recebe 2 milhões de visitantes por ano.
Ao contrário de Luzia, os anônimos investidores responsáveis pelo Hopi Hari não correm o menor risco de ir para a cadeia, como o celébre comandante Schettino, do navio Costa Concórdia, que foi em cana na mesma noite do acidente e está até hoje em prisão domiciliar.
Leia a íntegra em O drama de Luzia e a morte no Hopi Hari
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PREZADO CARDOSO:
PEÇO PUBLICAR O ARTIGO QUE SEGUE ABAIXO.
Sonhei com Jackson, deu Dilma
Por: Iranildo Azevedo
Há mais de 10 anos escrevo artigos para a capa das edições dominicais do jornal Tribuna do Nordeste daqui de São Luís. Agora que o jornal não tem circulado com frequência habitual, estava neste sábado absolutamente desligado para escrever sobre qualquer assunto, quando li na revista Veja, edição desta semana que termina a nota,
A cobrança vai ser on-line, cujo texto transcrevo a seguir:
“A presidente Dilma Rousseff ordenou a seus principais assessores que, até junho, todo ministério tenha um projeto prioritário que possa ser acompanhado on-line por ela, diretamente de seu gabinete. O programa será coordenado pelo empresário Jorge Gerdau, presidente da Câmara de Política de Gestão, conselho ligado à Presidência da República. Em grandes obras da Copa do Mundo, do PAC e do Minha Casa, Minha Vida, câmeras transmitirão imagens ao vivo 24 horas por dia. Hospitais do SUS e a agências da Previdência Social terão relatórios de atendimento e do tempo de espera para cada procedimento à disposição da presidente. O objetivo de Dilma é agilizar a gestão e, principalmente, poder cobrar de seus auxiliares assim que algum problema for detectado”.
Quase semelhante a um que sonhei e cheguei a esboçar para o ex-governador do Maranhão Jackson Lago (hoje, falecido). Com uma diferença: não havia câmeras em obras, nem nas filas de hospitais, nem na previdência estadual. Seria apenas um monitor na principal sala do Jackson, cujas câmeras espalhadas por todas as repartições da administração pública estadual, transmitiriam o dia-a-dia de cada secretaria.
Os relatórios, tais como: cronogramas de obras, fluxo de caixa, entrada e saída dos recursos, inclusive a movimentação diária do custeio de cada órgão, seriam fornecidos diariamente para o governador, que, ao fim de cada dia, juntamente com uma equipe minúscula de no máximo três pessoas, examinaria a operacionalidade geral da gestão do seu próprio governo.
Nesse tempo da concepção de tal ideia – estava na casa de um amigo (Nei Melo, único marxista autêntico que conheço), o qual acabara de fritar um suculento bife acebolado de uma borrachuda chã-de-dentro, para o radialista Gilberto Lima, então presidente da Rádio Timbira, emissora (do governo), que se deliciava com tal bife acompanhado da mais legítima farinha d’agua maranhense – quando lhe falei da ideia, sua reação foi: “Agora o Jackson vai ficar o tempo todo de frente para um monitor?”
Não! Na verdade o governador não teria que ficar o dia inteiro de frente para um monitor de TV. Mas, quando seus assessores soubessem que tal monitor estaria ligado de fronte do governador, certamente que um frenesi e o nível da adrenalina dos membros titulares de sua equipe iriam para as alturas.
A ideia da Dilma é excelente. Fiz aqui esse registro somente para dizer que há tempo ela foi pensada no Maranhão, com um agravante: Jackson dificilmente a executaria. “Ele apenas queria ser venerado”, como sentenciou Nei Melo.
Caro Cardoso, bom dia. por favor acompanhe o acordo feito entre o PROCON e a ELETROMIL pois o prazo é dia 06 de marco. não deixe cair no esquecimento. Só vc pode nos ajudar. clientes de todo o maranhão estão aguardando o resultado. abraço.
Jornalista Luís Cardoso
Favor fazer contato com IRANILDO AZEVEDO PELO E-MAIL DELE:
[email protected].
David Ricardo
Cardoso cada dia que passa eu me decepciono com a justiça brasileira, enquanto políticos vivem com ás mãos enfiadas no dinheiro público usurpando da forma mais nojenta possível e nada é feito,esta pobre senhora é presa por não poder pagar pensão aos netos.Acorda Brasil,quando é que vamos deixar de ser hipócritas?
Ambos fatos relatados oportunamente são importantes avisos aos cidadoãos brasileiros. É necessário termos alguma reserva de capital, não somente para vissitudes imprevisíveis e, ou laser mas, principalmente não sermos privados de liberdade. Nossa justiça funciona bem quando paga.