Por Iranildo Azevedo
Enquanto Lula da Silva e Dilma Rousseff ensaiavam os últimos acordes para as suas participações na reunião do G20 na capital da Coréia do Sul, na bela São Luís, capital dos maranhenses, se dava a maior chacina que se tem notícia, havida num estabelecimento da estrutura prisional do Maranhão.

Quem pode ser culpado por isso? Em parte, ou em boa parte, os membros do G20, e particularmente quem governou o Brasil nos últimos vinte e tantos anos, sobretudo nos 8 derradeiros, nos quais se deu – como nunca antes na história deste país, ampla ação social de distribuição de renda, digo, de dinheiro, sem exigir nenhuma contrapartida dos beneficiários, como ter que ir à escola, por exemplo.

O G20 é um fórum de cooperação e de consulta sobre assuntos relativos ao sistema financeiro internacional. Trata sobre estudos, opiniões, e promove a discussão entre os principais países emergentes no mercado industrial e de questões de política relacionadas com a promoção da estabilidade financeira internacional, e pretende abordar questões que vão além das responsabilidades de qualquer organização.

Criado em 1999, após as sucessivas crises financeiras da década de 1990, o G20 reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Européia, que juntos compreendem 85% do produto nacional bruto mundial; 80% do comércio mundial (incluindo o comércio intra-UE) e dois terços da população mundial.

Entretanto, é provável que o G20 se originou na espetaculosa convenção acontecida em 1995, no monumental Fairmont Hotel, o templo da luxúria e do esbanjamento em San Francisco na Califórnia, que reuniu com as portas fechadas 500 representantes da elite mundial, que debateram as perspectivas do mundo para o século o 21.

Conforme consta no livro A Armadilha da Globalização, dos jornalistas alemães Hans-Peter Martin e Harald Schumann – dois dos privilegiados presentes àquela reunião – “A avaliação foi devastadora: bastará 20% da força de trabalho para fazer girar a roda da economia. Os restantes 80% deverão contentar-se com pão e circo”. Desde então, nações tidas como prósperas aproximam-se dessa visão dantesca com seus milhares de desempregados e excluídos.

Por toda extensão daquele best-seller-documentário, tais jornalistas afirmam que “A globalização tornou-se o tema crucial da atualidade. Seu impacto une o mundo – e também o desintegra” E indagam: “Na sociedade de exclusão e desemprego que se expande, um quinto da força de trabalho bastará para manter a economia em movimento. O que acontecerá com a grande maioria?

Como sugerem os autores: “Virá o Brasil a ser o exemplo rematado desse quadro tão desigual, composto de ricos confinados em guetos e de massas pobres lutando pela sobrevivência?
Epílogo: o neoliberalismo iniciado no governo de Fernando Henrique Cardoso expandiu-se no Brasil durante o governo Lula. Poucos foram os líderes de nação que souberam se utilizar tão maquiavelicamente das regras da globalização. Bem piores que a franciscano “é dando que se recebe”, o “dá migalhas de pão e circo” do fanfarrão palanqueiro.

Iranildo Azevedo (membro destacado do jornal A Tribuna do Nordeste).


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