O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta quarta-feira que a responsabilidade sobre um suposto dossiê contra ele é de sua adversária petista, Dilma Rousseff.

“A principal responsabilidade desse dossiê é da candidata Dilma. Isso não tenho dúvidas. Como a principal responsabilidade do dossiê dos aloprados é do Aloizio Mercadante. Como a principal responsabilidade do dossiê de 2002 é do Ricardo Berzoini.”

Segundo Serra, o PT tem uma longa tradição nessa matéria.

Reportagem publicada hoje pela Folha afirma que o comando da pré-campanha de Dilma vive uma guerra de versões desde o sábado por conta de suspeitas levantadas sobre as atividades de um “grupo de inteligência” que teria sido montado pelo jornalista e consultor Luiz Lanzetta.

Dono da empresa Lanza Comunicação, contratada pelo PT, o jornalista de Minas é responsável pela área de imprensa da campanha de Dilma e teria se desentendido com parte do PT-SP que tem assento na coordenação da pré-campanha petista.

Em reportagem divulgada no fim de semana, a revista “Veja” informou que Lanzetta manteve contatos com um delegado aposentado da Polícia Federal e outros investigadores para contratar seus serviços –o contrato não chegou a ser fechado.

Lanzetta suspeitava que informações negativas para a pré-campanha vazaram do comando petista, em Brasília, e queria saber a origem.

A iniciativa de Lanzetta, contudo, levantou a suspeita sobre produção de “dossiês” para serem usados contra o tucano José Serra.

Lanzetta atribuiu a origem das suspeitas a setores do PT que estariam interessados em espaço na pré-campanha –supostamente um grupo ligado ao deputado Rui Falcão (SP) e a Valdemir Garreta, ex-secretários de Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo.

Falcão é o coordenador da comunicação da pré-campanha. Garreta tem empresa que, em São Paulo, presta pequenos serviços ao PT.

Lanzetta é amigo de Fernando Pimentel (PT), ex-prefeito de Belo Horizonte e um dos coordenadores nacionais da campanha de Dilma.

Falcão e Garreta negaram desentendimentos com Pimentel ou Lanzetta e pretensão por mais espaço. A Folha apurou que Lanzetta disse a interlocutores que foi orientado a se afastar da campanha. Ele viajou para São Paulo, mas o contrato com o PT foi mantido.


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