O suposto assessor da prefeitura de Bom Jesus das Selvas, que esteve na última sexta-feira na casa do deputado Ricardo Murad, acompanhado de Luis Sabry, prefeito licenciado de Bom Jesus das Selvas, e do prefeito em exercício, Escineu Carvalho Bezerra, é José de Ribamar Reis Almeida, envolvido no mega escândalo do Pólo de Confecção de Rosário.

O prefeito licenciado e o que encontra-se em exercício no cargo, repudiaram em nota o jornal o Imparcial por colocar Almeida como assessor da prefeitura. Os dois garantem que estavam no local porque são correligionários políticos do hoje coordenador de campanha da governadora Roseana Sarney.

O blogue foi o primeiro a publicar matéria sobre os encontros de Murad, em sua residência, com prefeitos e deputados para tratar de convênios, com fotos de carrões. No blogue saiu na quarta-feira e no Imparcial três dias depois, no sábado último.

Almeida, conforme os dois políticos de Bom Jesus das Selvas, não é a nunca foi assessor da prefeitura. É verdade, mas ele se apresenta como consultor do município e estava acompanhado das duas figuras.

Em matéria publicada no dia 16 de julho de 2006, o Jornal Pequeno informou o seguinte: O Tribunal de Contas da União deve encaminhar à Procuradoria da República do Maranhão pedido de investigação criminal contra várias pessoas envolvidas em uma das mais famosas fraudes ocorridas durante o governo de Roseana Sarney: o pólo têxtil e industrial do município do Rosário. Cerca de 60 milhões foram tirados do Banco Nordeste do Brasil, por meio de empréstimos fictícios, garantidos por empresas de fachada, cujos proprietários residiam supostamente em Taiwan. Os vistos dos falsários foram concedidos pela Embaixada do Brasil, em Tóquio.

O golpe, segundo o TCU, teve a colaboração do comitê de crédito do BNB que não respeitou as regras básicas para financiamento de projetos industriais, usando dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste (FNE).

Como funcionava o golpe – É quase certo que os envolvidos agiram com a ajuda de pessoas influentes em São Luis, como possível trânsito em órgãos do Governo do Estado. O esquema envolveu o consultor José Ribamar Almeida, que apresentou o plano detalhado da operação junto ao BNB. O projeto reunia dezenas de trabalhadores semi-analfabetos, sem formação técnica e nenhuma experiência financeira. Eles foram chamados para formar uma espécie de cooperativa e teriam assinado documentos em branco no momento da adesão.

A cooperativa, segundo a Almeida Consultoria, servia para fechar contratos de empréstimo junto ao BNB para aquisição de máquinas industrias para produção de bombas hidráulicas e máquinas de costura na região de Rosário. O projeto teve a garantia do Governo do Estado do Maranhão na oferta da infra -estrutura necessária ao suposto pólo industrial.

Dezenas de trabalhadores se reuniram em associações de 65 membros e contraíram empréstimos para produção de máquinas de costura. Outros formaram 66 grupos para a produção de bombas hidráulicas. No total, eles retiraram do BNB (sem que soubessem claramente que estavam fazendo) cerca de R$16 milhões de reais (sem atualização monetária).

Além disso, as garantias imobiliárias oferecidas pelos fraudadores chineses estavam cravadas em outras hipotecas. Um dos avalistas já devia ao BNB mais de R$35 milhões (sem atualização monetária), desde 1991.

Os recursos foram liberados aos supostos empresários chineses antes do embarque das anunciadas máquinas industriais. O dinheiro saiu, mas as máquinas jamais foram recebidas pelos operários associados. O projeto da Almeida Consultoria garantia treinamento aos trabalhadores, mas nada disso foi feito.

Para dar fachada ao empreendimento, os falsários enviaram maquinário que corresponderia a apenas quatro por cento do valor financiado. As máquinas empoeiradas ainda estavam em um galpão na zona industrial de Rosário.

Os envolvidos – A análise da atuação dos fraudadores começou a ser feita em 2004. Seria, na verdade, o segundo ataque do grupo contra o dinheiro público em bancos maranhenses. No mesmo período e usando o mesmo esquema da Almeida Consultoria, o grupo já havia inventado o pólo têxtil de Rosário. O comitê de crédito do BNB não quis sequer confirmar o endereço dos supostos empresários, que acabavam de chegar ao Maranhão.

No voto do relator do TCU, em 2004, o ministro Benjamim Zymler pede uma investigação rigorosa junto ao BNB e junto às empresas Almeida Consultoria Ltda; Ta-Chung Maquinas Industriais Ltda.; Hung-Pump Indústria e Comércio de Bombas Elétricas; Jiann Lian Comércio Importação e Exportação Ltda, incluindo a quebra sigilo bancário entre 1996 e 1997.

O pedido de quebra de sigilo bancário atinge também pessoas físicas: Moisés Bernardo de Oliveira, ex-gerente geral da agência-centro do BNB, em São Luís; Eliel Francisco de Assis, ex-gerente de negócios da mesma agência; José Ribamar Reis de Almeida (diretor- presidente da Almeida Consultoria Ltda e responsável pelos projetos e propostas do negócio junto ao BNB) e o chinês Chai Kwo Cheng, representante das empresas que ancoravam o negõcio junto ao Governo do Maranhão; Yu Pen-Chu, Liao Hsi Jung (avalistas das cédulas de crédito industrial)

Os trabalhadores que assinaram os contratos de empréstimos estão com nome sujo junto a Serasa e nada podem fazer para quitar as dívidas.


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