Sem galerias
Hoje, pela manhã, engenheiro amigo fez uma visita ao novo prédio da Assembléia Legislativa. E fui com ele. Chegando na entrada, o engenheiro logo foi apontando os erros.
Não observou nenhuma galeria para escoar as águas das chuvas. “Não é possível!”, disse assustado. “Será que os projetistas e engenheiros da Petra não sabem que o prédio, aliás, todo o terreno é ladeado por riachos, inclusive uma pequena nascente?”, indagou.
“Creio que não. Mas dizem que gastaram perto de R$ 100 milhões na obra”, disse-lhe. “Inventa outra Cardoso!”, disse-me assustado. “Sério.”, atalhei.
O engenheiro, então, deu algumas explicações técnicas. Falou que as obras físicas poderiam consumir no máximo 40 milhões e que a mobília não ultrapassava R$ 10 milhões.
E continuamos caminhando. No setor de garagem, o amigo engenheiro alertou mais uma vez para a ausência de galerias. Avisou que numa chuva mais volumosa, os carros estacionados correm o risco de descer boiando.
Fomos para a parte de cima, ao lado da presidência. Ele apontou erros estruturais, uso irracional dos espaços e o vácuo em forma de lajes de cimento por todos os lados. “São espaços que não servem para nada, mas ajudam a aumentar o ganho da construtora”, explicou.
Ao observarmos para as nuvens, que iam se formando densas, ele sugeriu: “vamos embora que a coisa vai ficar braba!”. Concordei imediatamente: “claro! Que tal um bom chopinho no Bar do Léo?”, e seguimos.
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Rapaz, nesta equipe da PETRA não teve ou não tem engenheiros regularizados pelo nossos “atento orgão fiscalizador” CREA-MA? Rasgem estes benditos diplomas. A universidade está às suas espera. E a Assembléia Legislativa não tem engenheiros parlamentares e servidores para acompanhar obras desta magnitude? os demais órgãos fiscalizadores “GUARDIÃES” será que vão deixar este montante de dinheiro público ir pelas nascente do RANGEDOR sem uma única explicação à sociedade?