Por Cássio Euller

Direto de BrasíliaCorrespondente do Blog de Luis Cardoso

Seis mulheres maravilhosas e sorridentes. Não tinha quem não recebesse das mãos delas o panfleto que denunciava o conluio entre ministros do Tribunal Superior Eleitoral e o senador José Sarney. No final da mensagem pedia dos que recebiam o apoio ao governador maranhense e, ao mesmo tempo, a repulsa contra aqueles que tentavam garfar o mandado de Jackson Lago.

O cenário escolhido para a farta distribuição planfetaria foi o aeroporto Juscelino,  por onde passam diariamente cerca de 100 mil pessoas, entre elas, turistas, empresários, parlamentares e ministros de tudo quando é jeito, inclusive do próprio TSE.

Foi um desses planfetos conduzido no bolso de um deles, que com certeza indignou parte da Corte e principalmente o ministro Félix Fischer, que rejeitou o recurso do advogado e ex-deputado petista, pago por José Dirceu, Luiz Eduardo Greenhalgh. Ele ainda se encontra em São Luis, mas final dessa tarde retorna para Brasília.

O vento que soprava a favor do sossegado Natal do governador maranhense, subitamente mudou de rumo no final da última sexta-feira. Depois de quase uma semana inteira de peregrinação positiva em Brasília, Jackson e sua equipe retornaram a São Luis com a certeza de que tudo era favorável para que o seu julgamento fosse jogado para 2009. Tinha essa convicção depois que se calçou no amparo do ministro da Justiça, Tarso Gero, levado pelas mãos de Luiz Eduardo Greenhalgh.

Mas o ataque feroz da assessoria de Lago contra os homens da capa preta da Corte Eleitoral começou a fazer água no barco, estratégia reprovada em coro por Greenhalgh, José Eduardo Alckmin e pelo mais novo contratado, o advogado e ex-ministro do STF, Francisco Resek, homem de muitos “entendimentos” dentro do TSE. “Isso é o mesmo que pedir: me condenem seus otários”, teria desabafado Rezek ao próprio governador.

Como a culpa tem que recair a alguém, o arraial pedetista apontou logo o dedo em direção ao secretario de comunicação Zeca Pinheiro. Sem saber ainda da reviravolta, Pinheiro foi visto ainda a pouco alegre e batendo asas, fazendo as suas compras de Natal na feira dos importados de Brasília.

O que poderia ser um final de semana entre vinhos e passas, desde ontem o governador maranhense tem apenas degustado uma pedreira atrás da outra. A certeza de que terça-feira será realmente o dia “D”, terminou provocando uma revoada de correligionários e antigos puxa-sacos de João Alberto Sousa. Nunca o carcará sanguinolento foi tão visitando como nos últimos três dias. A movimentação tem lógica. Numa possível queda de Lago nesta próxima terça-feira, a filha de Sarney terá que assumir o governo para em seguida pedir licença. Ela já deixou claro que irá cuidar da saúde por todo o próximo ano. José Nogueira Lago, ex-chefe da Casa Militar do governo de João Alberto, um dos remanescentes da famigerada “operação tigre” marcou presença junto ao inseparável chefe. É o carcará que irá enfrentar o barril em chamas, como vem sendo prometido por Domingos Dutra (PT), pelo tal MST e pelo porra-louca Bruno Maranhão que chega com a missão de quebrar a cidade. Agora aqui pra nós: para quem conhece João Alberto certamente a borracha vai cantar.

Poucas e boas I

A jornalista Denise Rothenburg destaca na sua coluna de hoje no Correio Braziliense que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que sonha em ser governador o Maranhão, ou ser o candidato a vice na chapa da ministra Dilma Rousseff, em 2010, conseguiu emplacar R$ 314 milhões no Orçamento de 2009. Os recursos são suficientes para, pelo menos, colocar a sua foto no inicio das obras de duas refinarias da Petrobras:, a de São Luis do Maranhão e a do Ceará, ambas para a produção de gasolina de alta qualidade. No fim, do mês, a empresa divulgará seu novo planejamento estratégico já adequado ao cenário da crise.

Poucas e boas II

Por falar em Lobão, a velha raposa se mantém a distancia da queda de braço entre Jackson Lago e Roseana Sarney, cujo duelo deverá ter um desfecho na próxima terça-feira no Tribunal Superior Eleitoral. O ministro sabiamente prefere ficar longe da bagaceira para depois ser chamado pelos políticos da esquerda (muitos) e da direita para juntar os cacos. Afinal ele tem bom transito nos dois lados. O próprio governador e seus mais próximos aliados sabem da torcida de Lobão para que Jackson continuasse até o ultimo dia de seu mandato. O motivo da torcida do ministro, os políticos sabem a razão.

Preocupação em dose dupla

Um robusto tucano maranhense, em conversa com o deputado João Campos, (PSDB – GO), no cafezinho da Câmara na ultima quinta-feira, deixou escapar um ar de preocupação com o que deve acontecer com o governador Jackson Lago quando o TSE definirá se cassa ou não o seu diploma. Ele teme que no caso de cassação do pedetista , o prefeito eleito João Castelo (PSDB) também acusado na compra de votos , possa ter o mesmo destino. Por causa disso uma comitiva de graduados tucanos desembarcará em São Luis amanhã, segunda-feira, para a diplomação de Castelo. A cerimônia tem tudo para assumir cores de um ato de desagravo.


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