Nem todo político tem o estômago capaz de engolir tudo. Outros, de forma sensata e civilizada, aceitam. Uns reagem (como Cleide Coutinho, Clodomir Paz, Ricardo Murad, José Reinaldo Tavares e mais tantos por aí), enquanto outros sabem digerir com facilidade os contratempos, os estragos, os revés. São os políticos preparados para quaisquer percalços e convivem sabiamente com suas agruras. O senador José Sarney, ao que parece, sabe se enquadrar nesse grupo. Às vezes, nem tanto. Como todo poeta, sabe ser um fingidor.  

Do nosso tempo, cito dois exemplos raros: Edivaldo Holanda e Edivaldo Holanda Júnior, pai e filho. Um, deputado estadual, líder do Governo do Estado na Assembléia Legislativa, homem  de confiança do governador Jackson Lago, e o outro, vereador, o mais votado na última eleição na capital, o político da linha de frente do prefeito eleito João Castelo. Ambos encerraram o ano de 2008 como exemplos de lealdade, amigos e alidos fiéis ao seu grupo, embora a recíproca não seja tão verdadeira.

O pai colocou seu nome à disposição de seus pares para ser o próximo presidente da Assembléia Legislativa. Tinha apoios importantes dentro do Legislativo e fora dele. Ganhou a simpatia dentro e fora do governo. Arrastou seu nome o quanto pôde, mas teve que recuar para atender aos interesses do governador Jackson Lago. Teve o nome lembrado para ocupar a primeira-secretaria da AL, mas recuou novamente pela unidade do seu grupo.

O filho, o mais votado na eleição municipal de São Luís, como qualquer um dos 21 vereadores, achou que deveria disputar o cargo de presidsente da Câmara Municipal. Tinha todo o direito de pleitear a vaga, de sonhar o sonho da juventude, de mostrar seu talento como dirigente de um poder. Teve que recuar para atender aos interesses do prefeito eleito João Castelo. O pior: recuar para um vereador que chegou ao grupo quando o trem estava a caminho da vitória e que não teve sequer a metade de seus votos.

São essas algumas das desvantagens de que quem entra na política partidária para alimentar sonhos, imaginar sorrindo torná-los realidade, e ao acordar de boca ainda aberta senti o tamanho do sapo que engoliu.       


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