Político experiente, o prefeito eleito João Castelo passa por um período de pressão pesada. De um lado para formar seusecretariado. Do outro, para eleger como presidente da Câmara Municipal de São Luís o vereador eleito Francisco Carvalho. Castelo não é do tipo que aceita pressões, pelo menos até quando dirigiu a Emap. Dono de um mandato outorgado pelo povo, agora a coisa lhe parece diferente. Se é que parece.

Na escolha da sua equipe, o prefeito eleito tem agindo com cautela, mas sem perder a autoridade que o mandato lhe confere e a compreensão política para não deixar de fora os aliados. As pressões, pelo visto, estão se reduzindo a meros dejesos ou gulas disfarçadas de boa vontade.

A mesma coisa não se pode dizer sobre a sucessão da Mesa Diretora da Câmara Municipal. Ora João Castelo afirma que não participará do processo, que é questão interna dos vereadores, ora garante que vai intervir se for preciso. O prefeito eleito mandou, incialmente, que quatro aliados se viabilizassem: José Joaquim, Dr. Gutemberg, Holanda Júnior e Francisco Carvalho. Porém, duas semanas depois comunicou aos demais que tinha acordo com Chico Carvalho, deixando irritados os aliados de primeira hora. Carvalho só votou em Castelo no segundo turno.

Enquanto o prefeito eleito impunha o nome de Carvalho, Pereirinha costurou bem o descontentamento de boa parte dos aliados de Castelo para seu lado. Formou um grupo de 12 vereadores, quatro dos quais com diferenças pessoais com Chico Carvalho. Diferenças políticas são mais fáceis de serem contornadas. Pessoais demandam mais tempo e muita costura. Falta um mês para a eleição da Mesa da Câmara e não me parece que Castelo tenha o novelo carregado e a agulha afiada para tecer o processo. Além disso, forçar a barra no início de mandato pode lhe custar bons meses de convivência áspera com os vereadores. A presença de Carvalho no segundo turno contribuiu, não ao ponto de alterar a vitória desenhada há muoto na vontade do eleitor.  

O governador Jackson Lago não precisou forçar a barra para eleger seu presidente e os outros demais membros com cargos importantes na Mesa. O processo da sucessão de João Evangelista vinha se desenrolando desde a metade do ano passado. Até agosto deste, duas candidaturas do lado do governo se apresentavam como as mais viáveis: Edivaldo Holanda e Pavão Filho. Lago nunca desistimulou a nenhum deles e nem fechou publicamente com qualquer nome. Não era preciso. Deixou o prórprio presidente João Evangelista comandar sua sucessão. E quando comunicou sua preferência, o nome de Marcelo Tavares estava consolidado. Aliás, soube que o próprio Jackson Lago teria aconselhado João Castelo a não se envolver no processo municipal.   


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