Amiga minha liga para saber qual a razão de João Castelo vencer a eleição no primeiro turno. Fácil. O candidato tucano perdeu três eleições quando disputou a Prefeitura de São Luís. Ou melhor: não venceu duas grandes lideranças da capital, na época.

Perdeu duas para Jackson Lago. Em uma delas, o hoje governador teve até o apoio do grupo Sarney. Na primeira, Jackson Lago vinha se consolidando como uma das maiores lideranças da capital, naquele período, para ficar mais claro. Na terceira derrota, Tadeu Palácio estava no exercício do cargo de prefeito, executava a bom gosto o programa de limpeza da cidade, implementava ações públicas para tornar São Luis cada vez mais bela e, sobretudo, teve o o apoio de duas expressivas lideranças da capital: Jackson Lago e Epitácio Cafeteira.

Agora, Castelo praticamente não teve competidor. Nenhuma liderança que lhe representasse ameaça, exceto Flávio Dino, bebida envelhecida nos barris da compra de votos e com perfume de cachaça nova. E só se sobressaiu na carona da imagem do presidente Lula. Duvido que sem a presença de Lula chegaria nos percentuais atingidos nas pesquisas. Dino, sem Lula lhe pedindo votos, seria mais uma Cléber Verde, ou talvez um Waldir Maranhão.  Prova de ausência de indentidade própria. Castelo, praticamente, disputou sozinho a eleição, apesar de toda a campanha de desconstrução da sua imagem de político e administrador.

Além disso, as campanhas dos demais concorrentes trilharam a rota do equivoco.  Percorrem os caminhos da ingenuidade política. Atracaram no porto da baixaria. Descontruir Castelo não era mostrar episódios surrados da luta pela meia-passagem; até porque os principais líderes estudantis com ele estiveram em palanques mais recentes, como Juarez Medeiros, Agenor Gomes, Renato Dionísio, Jomar Fernandes, sem falar que até Haroldo Sabóia, seu principal opositor na Assembléia Legislativa, hoje lhe recomenda como prefeito.

Desconstruir Castelo não era dizer que ele foi um péssimo administrador de suas empresas. Afinal, entre os governo José Sarney e Fernando Collort de Mello, renomados empresários faliram. Desconstruir Castelo não era a opção de espalhar na periféria que ele irá acabar com a Bolsa-Familia. Afinal, qualquer pessoa menos esclarecida sabe que o programa “social”, de esmola é do Governo Federal. Nenhum prefeito tem ingerência.

Faltaram, portanto, capacidade política, visão de campanha eleitoral, desconhecimento dos anseios populares, discernimento global da eleição e, acima de tudo, a identificação com o eleitor. Diria, até, como tem dito o jornalista Roberto Kenard, Castelo enfrentou amadores. Ou melhor: coadjuvantes. Eis aí a diferença.                


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