Há algo de estranho no ar. Um mistério cerca o aumento de crimes bárbaros registrados entre março a abril, que tem deixado famílias piauienses e maranhenses de orelha em pé. Geralmente as mortes são acompanhadas por sessões de tortura  a adolescentes e jovens na faixa etária entre 16, 17, 18 anos, mas já teve vítimas de 30 anos.  

Menores cavaram a própria cova antes de serem torturadas e mortas no Maranhão

O caso mais chocante, de repercussão nacional, aconteceu no município de Timon. As vítimas eram de Teresina, no Piauí, e foram atraídas por criminosos para o Maranhão. Maria Eduarda de Sousa Lira, de 17 anos e Joyce Ellen dos Santos, de 15, foram encontradas em uma cova rasa no dia 21 de março. Elas foram mortas conforme sentença do “Tribunal do Crime”, assim denominado por uma facção criminosa. Obrigadas a cavar a própria cova, as menores foram torturadas e assassinadas com requinte de crueldade a golpes de foice, facão, pá e pedaços de madeira.

Em menos de dois meses, cinco jovens foram mortas ou encontram-se desaparecidas na região de Teresina.

A menor de 17 anos, Gisele Vitória da Silva Sampaio, conhecida como ‘Sereia’, amiga muito próxima de Joyce, está desaparecida há mais de 50 dias e falou à família que vinha sofrendo ameaças de morte. Ela foi vista pela última vez na capital piauiense no dia 8 de março e por mensagens enviadas por celular ela afirmou que seria morta e pediu para ver o filho, de 2 anos. “Cadê o meu filho? Vão me matar”.

No vídeo que mostrava Joyce e Maria Eduarda cavando a própria cova, uma mulher perguntava: “Quem foi que pegou a irmã? A Sereia?” Uma das vítimas afirma que foi um rapaz que seria o responsável pelo sumiço de Gisele.

No dia 12 de abril, Valdirene Melo de Jesus, de 27 anos, foi encontrada morta. Coincidência ou não, ela era vizinha da mãe de Gisele, a ‘Sereia’, mas a família não sabe se ela tinha amizade com a adolescente. Mesmo diante das evidências a Polícia Civil do Piauí acredita que os casos ‘não’ estejam relacionados.

Treze dias depois, o corpo da menor, Tatiana Graziela Rodrigues, de 16 anos, foi encontrado enterrado às margens do rio Poti, região próxima de onde foi encontrado o corpo de Valdirene.

Foto Divulgação

Na semana passada uma mulher, que não teve o nome divulgado, foi presa na cidade Carlos Barbosa, no Rio Grande do Sul, em uma ação integrada entre as Polícias Civis do Maranhão, Pará e Rio Grande do Sul. Segundo investigações foi ela quem comandou o assassinato das menores em Timon e era responsável pela manutenção da “disciplina” de uma facção criminosa.

O aumento expressivo do homicídio de jovens nessas circunstâncias fez com que, no ano passado, o Estado do Ceará, outro vizinho nosso, se tornasse o mais perigoso do país para mulheres nesta faixa etária. Agora diante desse crescente número de casos outro Estado pode se tornar o primeiro do ranking. A estatística é assustadora.

As Polícias Civil do Maranhão e Piauí trabalham integradas a fim de desbaratar os crimes e prender envolvidos nas mortes da jovens.


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