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Perturbado com a revelação de que curtia em companhia do comunista Flávio Dino no exuberante Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, em plena crise do Sistema Penitenciário do Maranhão, o deputado federal pelo PDT, Weverton Rocha, tentou se justificar e acabou adiantando alguns pontos que a equipe do Atual7 ainda levantava.

Em ‘carta-resposta’, o ex-secretário de Estado de Esporte e Juventude do governo Jackson Lago, além de fraudar o título da reportagem e revelar que Dino passou a virada de ano longe da família, esclareceu que o homem que faz sinal de positivo trata-se do deputado estadual e Ouvidor-Geral do Piauí, João Mádison Nogueira, do PMDB, mesmo partido do suplemente maranhense Ernesto Vieira Carvalho Neto, apontado pela PF como mentor da fraude que desviou R$ 73 milhões da Mega-Sena, jogo de loteria da Caixa Econômica Federal.

Denunciado em 2006 ao então procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, ao Supremo Tribunal Federal (STF), o companheiro de réveillon do presidente da Embratur foi o mentor de um esquema de contratação de 913 assessores fantasmas para encher o caixa eleitoral na época em que Francisco de Assis de Moraes Souza, o Mão Santa, era governador do Piauí.

De acordo com a PGR, uma auditoria realizada pelo TCE/PI constatou que as contratações foram feitas informalmente e aumentaram em 275% a despesa com pessoal, ocasionado um desvio de R$ 758.317,00 aos cofres públicos.

Donos de terras pelo Piauí e da Rádio Cerrado – espécie do que é a Mirante AM no Maranhão – desde que passou a viver da política, no final de dezembro do ano passado, João Mádison reuniu várias personalidades do meio empresarial e político no 2º leilão da fazenda que leva as iniciais de seu nome, a Fazenda JM.

Sempre cheia de animais da raça gir leiteiro, girolando e nelore – embora a seca tenha atingido mais de 1 milhão de pessoas no PI, a fazenda de Mádison é ganhadora de dezenas de prêmios como uma das melhores do Nordeste.

Segundo o Atual7 apurou, se condenado ainda em 2014, o parceiro de réveillon do pré-candidato ao governo estadual pela oposição maranhense será o segundo parlamentar preso durante o exercício do mandato desde a Constituição de 1988 e pode pegar de 2 a 12 anos de cadeia pelo crime de peculato – utilização de recursos do poder público em benefício próprio, conforme o artigo 312 combinado com o artigo 327, parágrafo 2º, do Código Penal Brasileiro.

O primeiro foi o Natan Donadon, condenado a 13 anos e quatro meses de prisão por formação de quadrilha e peculato, em junho de 2013.

Parlamentar fazendeiro que curtiu a queima de fogos na Cidade Maravilhosa com Flávio Dino não é bem visto pela população do Piauí. Foto: Reprodução / FacebookParlamentar fazendeiro que curtiu a queima de fogos na Cidade Maravilhosa com Flávio Dino não é bem visto pela população do Piauí. Foto: Reprodução / Facebook

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