Morre Policial Militar de Açailândia que denunciou ter sido vítima de homofobia e tortura
Faleceu nesta quinta-feira (10), o policial militar Carlos Bahia, de 31 anos, lotado na cidade maranhense de Açailândia. Ele estava internado no Hospital Municipal da cidade há sete dias após denunciar ter sido vítima de homofobia e tortura pelos próprios colegas de corporação.
O policial deixou uma carta após atentar contra a própria vida. Na ocasião, o PM foi socorrido pelo SAMU e foi encaminhado para a UTI em estado grave. Hoje, ele não resistiu.
O corpo do soldado será transladado para Marabá/PA, a pedido da família. O comando da PMMA está prestando todo apoio necessário à família.
Entenda o caso
Na carta, escrita pela vítima foi encaminhada à Rede Cidadania de Açailândia, uma organização que reúne membros da sociedade civil e entidades que lutam pelos direitos humanos. Nela, o policial narrou que o comandante do 26º Batalhão, onde era lotado, teria negligenciado suas denúncias, afirmando que os atos contra ele afetaram sua saúde mental.
Em um trecho dela o PM afirmou: “Digo ao major Nunes, que depressão não é frescura. Digo também a ele que o seu pedido de perdão não deve ser direcionado a Deus, mas sim as suas vítimas. Fui esquecido pelos meus irmãos… Obrigado a todos os que me ajudaram e que nos últimos dias mandaram mensagens de conforto. Agora estarei junto aos que me amaram e também com aqueles que me amam.”
A Comissão da Diversidade da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão (OAB-MA) acompanhou o caso que foi denunciado aos órgãos de defesa dos direitos humanos pela própria vítima.
Em nota, a Polícia Militar do Maranhão (PMMA) informou que abriu um procedimento administrativo para apurar as responsabilidades sobre o caso após mudar o comando do 26º BPM.
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