Roseana SarneyComo se não fossem suficientes R$ 5.940.104,14 nos últimos três meses para fazer a propaganda do governo Roseana Sarney (foto), a Secretaria de Estado da Comunicação recebeu crédito suplementar de mais R$ 6 milhões para injetar nas campanhas publicitárias.

Com o crédito suplementar, conforme publicação no Diário Oficial do Estado do dia 6 deste mês (veja reprodução abaixo), a Secom recebeu, de julho a outubro, R$ 11.940.104,14 para fazer o que a governadora mais adora: propaganda.

Desta soma, a maior parte fica com o sistema Mirante de Comunicação, que é de propriedade da própria Roseana Sarney. Ou seja: a governadora atua dos dois lados do balcão. Paga de um lado e recebe do outro.

Enquanto os veículos de comunicação da governadora recebem sem atraso, outros veículos de São Luís e Imperatriz permanecem sem receber pelas publicidades divulgadas.

Em julho deste ano, a VCR Propaganda Ltda recebeu R$ 2.429.241,24. No mês seguinte, o Secom fez novo repasse para a VCR no valor de R$ 2.651.947,98, e em setembro levou mais R$ 854.415,82.

Boa parte dos recursos é creditada na conta dos veículos da Mirante, embora jornais como O Imparcial e Pequeno tenham aproximada ou igual circulação ao do jornal O Estado do Maranhão, além do jornal Aqui, de propriedade da empresa Pacotilha, que tem a maior tiragem em todo o estado, que não recebem propaganda do governo.  

Sérgio MacedoOutra parte da soma fica com a agência VCR pelo pagamento de produção e percentuais de publicação ou veiculação em rádios e Tvs, além de outro montante que vai para a Canal, empresa amiga do secretário Sérgio Macêdo (foto), com atuação em Imperatriz.

Para justificar o crédito suplementar de R$ 6 milhões à secom, a governadora alega que os recursos são decorrentes do excesso de arrecadação.

Então, não faz sentido o governo não atender na íntegra as reivindicações de categorias como as dos agentes civis, penitenciários, delegados e professores, sem falar nas demissões que vem promovendo no setor de saúde.

Como se observa, o governo alega falta de recursos para injetar em setores como da agricultura, que anda capenga, em saneamento básico, que não existe, e na segurança.

Para Roseana sarney, ao que parece, o importante é fazer publicidade do que existe e daquilo que nunca existirá. Penas que nosso Ministério Público seja omisso.

Diário Oficial do Estado


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