Cinco secretários serão obrigados a entregar o cargo
Pelo menos cinco secretários do governo de Roseana Sarney serão obrigados a deixar o cargo nas próximas horas. São cinco deputados estaduais que, a convite da governadora, aceitaram compor a equipe da nova administração: Ricardo Murad, Max Barros, César Pires, Fufuca e Raimundo Cutrim.
Acontece que um dos cinco suplentes que assumiram as vagas deixadas pelos deputados iria cobrar na justiça o mesmo direito que tem o titular do cargo: verba de gabinete, verba indenizatória e, principalmente, nomear 19 assessores.
Hoje, pela manhã, o deputado Manoel Ribeiro, que ocupa a vaga de Raimundo Cutrim, hoje secretário de Segurança do do Estado, cobrou com veemência os mesmos direitos porque se considera no exercício do cargo.
Ribeiro acha que vem sendo discriminado desde que assumiu a vaga. “Até a chave do gabinete eu tive que mandar fazer, além de pagar do meu bolso os salários do motorista e de um assessor”, disse Ribeiro.
O parlamentar avisou ao presidente Marcelo Tavares que engressaria na justiça para fazer valer seus direitos.
Ribeiro deixou a senha e Tavares aprovetiou para jogar mais lenha na fogueira. O que parecia só uma cana de braço ou fogo amigo entre Manoel Ribeiro e Raimundo Cutrim pode resultar na retirada dos principais auxiliares da governadora.
Marcelo Tavares, com o aval da Mesa Diretora, baixou resolução que permite ao suplente exonerar os 19 cargos de assessores do titular do cargo em nomear os seus. Além disso, no exercício do cargo o deputado passa a gozar da verba de gabinete.
Só para que se tenha idéia do prejuízo que deve tomar o titular, que opta pelo salário de deputado e não de secretário estadual, só com assessores chega a cerca de R$ 130 mil mensais.
Cada deputado tem direito a R$ 10 Isos (cargos isolados), sendo cinco de R$ 10 mil cada e cinco ao valor de R$ 5 mil cada, o que resulta em R$ 75 mil.
Além disso, eles têm mais 9 cargos, sendo assim, distrbuídos: assessor especial legislativo (02), coordenador parlamentar (O1), assessor chefe (01), chefe de gabinete (O1), assistente técnico legislativo (01), assessor parlamentar adjunto (01), secretário executivo (01) e motorista (01), que resultam em mais de R$ 40 mil.
Como os deputados que ocupam cargos de secretários não querem sofrer prejuízos dessa ordem, difilmente permanecerão no alto escalão do governo.
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