A farra com o dinheiro do Orçamento do Estado, a liberação de recursos de toda ordem para apaniguados políticos e a gula da equipe do governo Jackson Lago, nos últimos dias que antecederam a cassação do mandato, comprometeram o pagamento da folha de pessoal da administração pública estadual.
Só foi possível pagar o mês de abril, na data determinada pelo calendário, porque Roseana Sarney determinou que fossem utilizados recursos destinados para o pagamento antecipado da primeira parcela do 13º salário, que é efetuado no mês de junho.
A bagunça promovida pelo governo anterior na finanças do Estado, através de desvios de milhões ainda não calculados em sua totalidade, deixou prefeitos, aliados políticos e secretários em situação confortável, mas a nova administração sem saber ao certo que fazer.
Diariamente aparecem denúncias de recursos que foram desviados. O raspa foi geral na Infra-Estrutura. Os recursos que sobraram não dão para construir obras mínimas, como pequena estrada ou qualquer rodovia de acesso entre um povoado e outro.
Na Saúde e Educação a rapinagem campeou livremente. Convênios permitiram a liberação de recursos para construção de obras fantasmas, como escolas e postos de saúde inexistentes. A vantagem das duas Pastas é que elas recebem verbas constitucionais, como Sus e Fundeb.
Na Caema, ontem ficou comprovado o tamanho da irresponsabilidade do governo anterior. Estranhamente o ex-diretor da Caema, Rubem Brito, homologou pagamento de débiito da companhia, elevando a dívida de R$ 2 milhões para R$ 4 milhões.
O juiz Abrahão Lincon Sauaia terminou de decretar a falência da Caema ao determinar que a empresa pague R$ 25 milhões para a construtora Morada Nova.
Mais estranho ainda que o Banco do Brasil, agência Jaracaty, aceitou raspar da conta da Caema cerca de R$ 5 milhões que seriam destinados para o pagamento dos salários dos funcionários, para fornecedores e prestadores de serviços.
Em outras secretarias, como a de Esporte, Juventude e Segurança Cidadã, a farra não ficou por menos. Além do dinheiro da suplementação desviado, levaram mais da metade do que estava previsto no orçamento.
Ficou claro, portanto, que o objetivo do governo de Jackson Lago, tão logo se assegurou de que seria cassado, foi o de secar todas as finanças do Estado para inviabilizar a administração de Roseana Sarney.
Assim como ficou evidentemente que nunca na história do Maranhão se assistiu a tantos assaltos aos cofres públicos.
A Auditoria que estão sendo feita nas contas do Estado, assim que concluída, precisa ser mostrada para a sociedade para evitar que sejamos enganados outra vez.


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