Barragem do Bacanga é interditada com protesto
A principal via de acesso à área Itaqui-Bacanga está interditada nos dois sentidos. Uma manifestação está acontecendo desde o início da manhã desta terça-feira (11) nas proximidades na entrada da Universidade Federal do Maranhão.
Um grande congestionamento se formou no local causando transtornos a quem tenta de alguma forma passar pela via bloqueada. O trânsito está completamente parado e não há previsão de desbloqueio.
O protesto está sendo promovido por contemplados do programa Minha Casa Minha Vida que reclamam das péssimas condições dos imóveis recebidos. Eles exigem uma melhor infraestrutura das casas entregues aos moradores da região.
Os manifestantes já atearam fogo em pneus e uma viatura da Polícia Militar já está no local para garantir a segurança das pessoas.
Agentes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes ( SMTT) estão no local. Até o momento, a Prefeitura de São Luís não enviou nenhum representante para dialogar com os manifestantes.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.
Prezado Luis Cardoso,
A responsabilidade por isso é da SEMPE (Secretaria Municipal Extraordinária de Projetos Especiais), através do Programa Bacia do Bacanga, não da SMTT (que apenas negocia questões relacionadas ao fluxo de transportes e ao tráfego). A reivindicação principal desse sofrido povo é que eles não são contra reassentamentos dos imóveis situados em áreas de riscos de alagamentos, mas são terminantemente contrários à compensação de perdas por apartamentos com menos de 40m2 de espaço total. Essa manifestação é legítima!
A SEMPE, deveria ter feito 1º um trabalho de sensibilização junto a população sobre as questões de reassentamento. Pecou e feio, em querer empurrar guela abaixo o reassentamento. Isso demanda tempo, não é feito em um ou dois contatos nas comunidades. Essas comunidades tem raízes, familiares, valores, sentimentos construídos ao longo do tempo nos seus espaços. E agora, vão ter que se desfazer de tudo, sem levar em consideração que muitos tem atividades produtivas instaladas nessas áreas. Pergunta-se, quem vai arcar com toda essa situação? Banco Mundial, financiador do Projeto Bacia do Bacanga tem que tomar conhecimento dessa situação. Veja bem, não sou contra o reassentamento, mais a forma como foi conduzido esse processo.
Acho que a questão principal, é as famílias sairem da área de risco, para que elas não percam os bens que possuem e suas vidas sejam preservadas. Embora, tenha de ser trabalhada a conscientização do problema, há de se considerar a urgência da situação, pior seria, as famílias perderem tudo em um alagamento ou deliszamento. E ainda diriam que o poder público não fez nada.
Tudo bem que deveria ser feito esse trabalho de conscientização. Mas eu me pergunto: será que essas famílias não perceberam o lugar em que estavam construindo suas casas? Poxa, por mais que haja uma perda de espaço físico, não é melhor que se perca isso ao invés de uma vida, ou melhor, de várias vidas? A prefeitura está fazendo o que pode para evitar que desastres como as que aconteceramno Rio, não ocorram por aqui. Agora, vai depender, também, se essas famílias se vão querer ser ajudadas!!!