Ontem, o blog postou aqui pela manhã um pedido para que o Eixo Itaqui/Bacanga despertasse do longo sono em que vive. Foi o primeiro blog a lançar a campanha sugerida pela atriz Elza Gonçalves e por Rose Castro.

Hoje, pela manhã, a comunidade acordou e já interditou a Avenida dos Portugueses. É o primeiro sinal de que a população do Itaqui/Bacanga soltou o grito preso na garganta. E com muita razão.

É inadmissível que uma comunidade, com mais de 300 mil habitantes, que abriga um distrito industrial expressivo e o maior porto do mundo, esteja eternamente abandonada.

O Itaqui-Bacanga tem em seu solo, a Vale, MPX, Taguatur, Gás Butano, Termo Elétricas, o Porto do Itaqui e uma faculdade federal.

O eixo é gerador de divisas para o estado e  município de São Luís. Mas o quem tem sobrado para a comunidade é o lixo e a visão dos navios indo embora levando riquezas incalculáveis todos os dias. Veja abaixo parte do texto publicado ontem aqui:

“Apesar de toda a divisa que gera ao estado e ao município de São Luís, seu povo sofre com o pão que o diabo amassou. São famílias humildes despejadas, em sua maioria, do interior, notadamente da Baixada, ou alguns que se aventuraram em busca de dias melhores.”

Com todo potencial industrial, a juventude do Itaqui Bacanga permanece desempregada e abandonada às drogas, seus idosos dependentes de míseras aposentadorias de fome.

As ruas do Itaqui/Bacanga mais lembram um Iraque depois de bombardeado. A falta de água, que é saúde, tem sido constante. O retrato do lata d`água na cabeça não deixa a comunidade.

Não existem hospitais decentes e o sistema de segurança do local é o pior possível: não existe. Por isso, a área é considerada uma das mais violentas da capital.

E a montanha de recursos produzidas na comunidade vão pra onde mesmo? Acorda Itaqui/Bacanga! Pega uma carona na indignação do povo brasileiro e solta esse grito preso na garganta. Se agiganta e mostrar que um filho teu não foge à luta!”

Hoje, a comunidade interrompeu a avenida dos Portugueses e elaborou ontem uma pauta de reivindicações (veja abaixo), mas o movimento ainda é tímido.

Os moradores precisam se juntar e convocarem os estudantes da Ufma para que entrem no movimento. Acorda Itaqui/Bacanga! É tempo de mudar!


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