Letícia Macedo Do G1 SP

Um dia após vir à tona que a rede de internet do Palácio do Planalto foi utilizada para modificar os perfis dos jornalistas Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg na Wikipedia, a presidente Dilma Rousseff classificou de “absolutamente inadmissível” o episódio.

Durante agenda eleitoral em Osasco, na Grande São Paulo, ao lado do candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha, a chefe do Executivo anunciou ter ordenado a criação de uma comissão interministerial de sindicância para investigar o caso. Na avaliação da petista, é possível identificar o autor das alterações.

“A minha opinião é que [o episódio] é absolutamente inadmissível, por parte do Planalto, por parte do governo federal ou por parte de qualquer governo”, ressaltou a presidente da República.

“Repudio integralmente esse tipo de ação, como fiz diante de todos os vazamentos. Neste caso específico, quem quiser fazer individualmente, que faça, mas não coloque o governo no meio. Eu acho que é possível descobrir [quem usou a rede pra fazer a edição no perfil dos jornalistas]”, complementou Dilma.

Reportagem publicada nesta sexta-feira (8) pelo jornal “O Globo” revelou que a rede de internet da Presidência da República foi usada para fazer alterações nos perfis de Carlos Alberto Sardenberg e Miriam Leitão com o objetivo de criticá-los. Os dois jornalistas são colunistas e comentaristas da TV Globo, do jornal “O Globo” e da rádio CBN.

A Wikipédia é uma enciclopédia virtual e gratuita alimentada por colaborações de usuários da internet. Atualmente, o site mantido pela Fundação Wikimedia possui mais de 30 milhões de artigos, dos quais cerca de 834 mil na língua portuguesa.

Qualquer pessoa pode alterar o conteúdo desses artigos. O registro de edições é armazenado na Wikipédia a partir do endereço de IP do dispositivo responsável pela mudança, que nada mais é do que um número de identificação atribuído a cada aparelho conectado à internet.

A Casa Civil divulgou na manhã deste sábado nota em que informa a criação de uma comissão de sindicância formada por vários órgãos e ministérios para apurar o caso.

A comissão será integrada pela própria Casa Civil, representada pela autarquia Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, pelo Ministério da Justiça, com a participação da Polícia Federal, pela Controladoria-Geral da União e pela Secretaria-Geral da Presidência da República.

Na noite desta sexta-feira, a Secretaria de Administração da Presidência, vinculada à Secretaria-Geral, já havia informado que iria apurar o uso da rede de internet do Palácio do Planalto, com prazo de 60 dias para apuração. O anúncio ocorreu horas após a Secretaria de Comunicação Social da Presidência afirmar que é “impossível” identificar os responsáveis.


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