Justiça vai ouvir Júnior Bolinha, que acusa dono da Franere no consórcio que matou Décio Sá
O assassinato do jornalista Décio Sá terá um novo episódio a partir do dia 22 de janeiro de 2015 com o depoimento de Júnior Bolinha, contratante do pistoleiro Jhonathan Silva, que executou o comunicador em abril de 2012.
Por decisão do juiz Luiz Antonio Almeida Silva da 6ª Vara Criminal, José Raimundo Sales Chaves Júnior, o ‘Bolinha’, vai explicar se fez ou não uma carta do próprio punho de dentro da prisão em que acusa o empresário Marcos Túlio Pinheiro Regadas de participação no consórcio que ceifou a vida do profissional de imprensa.
A decisão foi tomada hoje durante uma audiência no Fórum Desembargador José Sarney entre blogueiros e jornalistas que estão sendo processados pelo dono da Franere, incluindo o titular do Blog do Luis Cardoso.
A ação foi motivada depois da publicação nos blogs da carta de Bolinha em que ele relata um encontro com Marcos Regadas e a definição para a morte de Décio Sá. O processo corre nas Varas Cível e Criminal.
Na audiência desta terça-feira (25) o empresário sugeriu, como forma de conciliação, que seu nome nunca mais fosse citado nos blogs, com o que não concordaram os advogados Raimundo Dias e David Teixeira, e muito menos o juiz, que alegou ser uma forma de cercear a liberdade de expressão.
Por último, foi solicitado, conforme consta nos autos do processo, o depoimento de Júnior Bolinha para explicar a acusação ao empresário. Ficou definida também a tomada de depoimento do promotor do Meio ambiente Fernando Barreto, citado na carta de Bolinha como a próxima vítima do dono da Franere. Também será ouvido o deputado estadual Raimundo Cutrim, ex-secretário de Segurança Pública, sobre o caso.
O advogado de Marcos Regadas ainda tentou impedir que as testemunhas arroladas ao processo pudessem ser ouvidas, no que teve indeferido o seu pleito.
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É preciso esclarecer isso. Vamos ouvir também o deputado Raimundo Cutrim que tem sérias denúncias a fazer sobre esse caso, inclusive contra o Aluisio e a Roseana!
O advogado Armando Serejo, que advogava para Júnior Bolinha, acusado de ser um dos mandantes da morte do jornalista Décio Sá, deixou a causa de seu constituinte por não concordar com a divulgação da carta em que o acusado disse que o empresário Marcos Regada, dono da Franere, estava envolvido no episódio do assassinato do blogueiro.Os comentários dão conta de que o causídico não aceitou fazer parte de um plano para extorquir o empresário e, por isso, largou a causa.
Estranhamente, após a desistência do advogado, a carta veio à tona. Exatamente quando um advogado de Teresina assumiu a causa de Bolinha.O secretário de Segurança Pública, Aluisio Mendes, desmente que tenha recebido a carta de Júnior Bolinha em que o acusado incrimina o empresário.
A carta, segundo publicações em blogs, jornais e nas redes sociais, teria sido entregue a Mendes em 20 de fevereiro de 2013. Mas, estranhamente, divulgada só agora, depois dos depoimentos à Justiça
Diia 22 de janeiro ta chegando… te segura Marcão!!!