Do UOL Notícias

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, afirmou nesta segunda-feira (12) que as eleições de outubro devem estar voltadas para o futuro, uma vez que nenhum ex-presidente estará na disputa. Ele citou tanto Luiz Inácio Lula da Silva como os ex-mandatários Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Mello e José Sarney.

O comentário veio em uma entrevista ao canal de TV por assinatura BandNews em meio a uma disputa tida como plebiscitária entre ele e a ex-ministra-chefe da Casa Civil, a pré-candidata petista Dilma Rousseff. Enquanto ela é ligada a Lula, que tem aprovação superior a 70%, de acordo com as mais recentes pesquisas de opinião, Serra foi ministro de FHC, que encerrou o governo com popularidade menor nas sondagens.

“Lula não é candidato. Como não é o Fernando Henrique candidato. Como não é o Collor, como não é o Sarney. Ambos estão apoiando, inclusive, a Dilma: o Sarney e o Collor”, disse o pré-candidato tucano na entrevista. “Não há ex-presidente nem presidente candidato. O Brasil tem que decidir quem vai tocar daí em diante.”

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ocupou o Palácio do Planalto após a morte de Tancredo Neves, que nem chegou a tomar posse, em 1985. No ano passado, foi pivô da crise ética do Senado, acusado de receber beneficiar assessores e familiares por conta do cargo que ocupa. Negou tudo, permaneceu no cargo, mas o desgaste ficou.

O senador Fernando Collor (PTB-AL) foi o primeiro presidente brasileiro após o fim da ditadura (1964-1985) a sofrer processo de impeachment. Renunciou antes da cassação, mas perdeu os direitos políticos da mesma maneira. Acabou inocentado das acusações contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF), mas o julgamento dos colegas o condenou politicamente.

Sarney acusa Serra de, em 2002, articular uma ação da Polícia Federal que encontrou recursos ilegais em um escritório de sua filha, Roseana, pré-candidata à Presidência da República. A partir dali, a ascensão da maranhense nas pesquisas estancou e ela teve de desistir. O ex-presidente tornou-se aliado de Lula desde então.

Collor indicou sua preferência por Lula e Dilma depois de se eleger para o Senado em 2006, onde faz parte da base de apoio ao governo. Por conta disso, foi eleito presidente da Comissão de Infraestrutura da Casa e agradeceu publicamente à petista por defender sua postulação ao cargo que o permite acompanhar de perto obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ligado a Dilma.

Mérito e Defesa Civil nacional
Serra ainda criticou práticas atribuídas ao governo petista por seus adversários e por petistas aos governos dos seus adversários. “Para mim não tem nomeação do troca-troca para cargos públicos. Os cargos fundamentais têm de ser preenchidos pelo mérito”, afirmou Serra, que reforçou o discurso da continuidade sem continuísmo.

“Eu tenho dito que o Brasil pode mais. É uma visão otimista. Estou reconhecendo tudo aquilo que foi feito e dizendo que pode melhorar”, disse ele.

Em entrevista à BandNews FM, o ex-governador de São Paulo defendeu a criação de um órgão nacional de Defesa Civil para evitar tragédias como a que matou mais de 230 pessoas no Estado do Rio de Janeiro no último fim de semana.


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