Apesar das pressões de aliados para que anuncie sua candidatura à Presidência da República o quanto antes, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), deve fazê-lo apenas no fim deste mês, já perto do prazo de desencompatibilização dos políticos para que disputem as eleições, em 3 de abril, disseram tucanos ao UOL Notícias.

A decisão do PSDB deve ser comunicada em um evento com lideranças do partido em todo o país, ainda sem data definida, mas apenas depois de Serra deixar o cargo, de acordo com eles. Os dois tucanos ouvidos pela reportagem descartam um ato de declaração da candidatura do governador nos próximos dias.

O presidente do PSDB paulista, deputado Mendes Thame, enfatizou que “não haverá nenhum evento marcado para o governador nesse período em que ele estiver no cargo”. “Um evento desse tipo, se for o caso, só vamos estudar para mais à frente, perto da data da desencompatibilização do governo. Eu garanto isso”, disse.

“Não teríamos porque fazer antes da desencompatibilização e não tem motivo para (Serra) se desencompatibilizar 10 dias antes ou 20 dias antes do prazo”, completou. A demora no anúncio do PSDB, avalia parte dos oposicionistas, ajuda a pré-candidatura petista da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a melhorar seu desempenho nas pesquisas. A petista também deixará o cargo apenas no limite do prazo.

Na segunda-feira à noite, após reunião com líderes tucanos da região metropolitana de São Paulo, Thame afirmou que a decisão deveria sair “dentro de 15 dias”. O encontro de representantes marcado para ontem inicialmente previa participação de tucanos proeminentes de todo o Estado, mas acabou transferido para o dia 22 deste mês.

Na pauta dessa reunião, estarão a provável candidatura de Serra à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as perspectivas do partido em São Paulo, onde os secretários Geraldo Alckmin (Desenvolvimento) e Aloysio Nunes Ferreira (Casa Civil) disputam internamente a preferência.

Outro deputado tucano, que preferiu não se identificar, afirmou que o governador mineiro, Aécio Neves, que disputou com Serra a indicação pelo PSDB, também foi convidado para o ato e “deve comparecer para tirar qualquer dúvida que estejam levantando sobre a determinação dele em ajudar na candidatura de Serra”. “Mas pelo que sei só acontecerá no fim do fim do mês”, afirmou.

Aécio diz se concentrar na tentativa de eleger seu sucessor, o atual vice Antonio Anastasia, e em disputar vaga no Senado. Mas ainda há oposicionistas que o queiram como candidato a presidente ou, pelo menos, vice de Serra – hipótese que o mineiro reiteradamente rejeitou.

Com informações do UOL


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