Durante audiência pública, na manhã de sexta-feira, o prefeito de Barreirinhas, Albérico Filho, apresentou uma radiografia do estado de abandono das escolas municipais.

Embora tenha recebido R$ 75.938,000,00 para o setor educacional, o prefeito cassado, Milton Dias, entregou como concluídas escolas inacabadas e outras dezenas funcionando em casas destruídas ou correndo o risco de desabar, em salas de particulares e até em igrejas.

Diante de uma platéia composta por mais de 200 pessoas, o prefeito Albérico Filho informou que levará o levantamento feito por uma equipe técnica para a Câmara Municipal, o Tribunal de Contas do Estado, ao Ministério Público Estadual e ao Ministério Público Federal.

“Não é uma denúncia política. É o fruto de administrações passadas que não tinham a menor responsabilidade com os alunos e com os professores da cidade”, explicou o prefeito.

No diagnóstico apresentado pela equipe que fez o levantamento da situação escolar, ficou comprovado que mais de 80% das unidades não oferecem a mínima condição para abrigar alunos e professores.

Além de espaços insuficientes, não existem condições de higiene e a parte física da maioria encontra-se em ruínas. Outro grave problema detectado é o da instalação hidráulica e ambiente sem ventilação.

No povoado de Mandacuru, uma escola que abriga 305 alunos possui apenas um banheiro, sem porta. O depósito de merenda escolar não tem forro e nem tela de proteção contra insetos e roedores.

Em Atins, vilarejo bastante visitado por turistas, uma escola com 384 alunos tem apenas três salas. As crianças se amontoam na hora das aulas.

No povoado de Jabuti, os alunos só têm acesso a escola porque são obrigados a passam por dentro de um cemitério.

No geral, 103 escolas funcionam de forma muito precária em prédio impróprios. Cinco unidades estão localizadas dentro de igrejas. Até uma escola que leva o nome do presidente Lula é o retrato do descaso da ex-administração do petista Miltinho.

O transporte escolar reflete o que foi a desastrosa administração anterior. Uma mãe de aluno presente na audiência disse que seu filho saia da escola às 12h e só chegava em casa às 21h porque vinha andando.

O prefeito Albérico Filho mandou um duro recado para motoristas de transporte escolar que dirigem sob o efeito do álcool. “Se souber de algum caso, o motorista estará na rua na mesma hora”.

“Não posso permitir que as aulas sejam reiniciadas agora porque as escolas podem desabar na cabeça de alunos e professores. Jamais cometerei tal irresponsabilidade”, afirmou o prefeito.

Albérico Filho pretende encaminhar o levantamento da situação escolar de Barreirinhas pessoalmente ao ministro da Educação. Serão necessários R$ 6 milhões para melhorar o aspecto físico das escolas.

Das 173 unidades escolas de Barreirinhas apenas 10 possuem identificação. A merenda escolar era escassa porque o prefeito cassado utilizava a mercadoria distribuindo cestas básicas para a população.


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