Professores da rede pública municipal de ensino de São Luís realizam um protesto, nesta terça-feira (8), em frente à Câmara Municipal, reivindicando um reajuste salarial. Ocorre que um Projeto de Lei do prefeito Eduardo Braide visa aumentar os vencimentos de apenas uma minoria, que não chega a 150 profissionais, de um total de mais de cinco mil docentes. 

Sheila Bordalo, presidente do SINDEDUCAÇÃO

Entenda o caso e confira abaixo a nota do SINDEDUCAÇÃO.

Numa atitude totalmente autoritária e desrespeitosa com a categoria de professores, o prefeito Eduardo Braide (Podemos) enviou à Câmara Municipal, na sexta-feira, dia 4 de março, um Projeto de Lei que dispõe sobre a atualização dos vencimentos, proventos e pensão para profissionais do Magistério de São Luís, enquadrados no padrão de vencimentos PMN, constantes no Anexo II, do PCCV (Lei nº 4.941/2008).

Isso mesmo: Eduardo Braide quer CONCEDER REAJUSTE SOMENTE PARA OS PROFESSORES DO NÍVEL MÉDIO, interrompendo as negociações e solapando toda e qualquer tentativa de valorização da carreira do magistério ludovicense.

Para se ter uma ideia, de acordo com a proposta do prefeito, o vencimento dos professores de nível médio, com jornada de 40 horas, passará a ser R$ 3.845,63 e o vencimento dos professores de nível superior, com a mesma jornada, permanecerá R$ 4.652,84! Esse é o maior ataque à nossa categoria desde 2008, quando a carreira foi atualizada. Se a Lei for aprovada, haverá um achatamento na tabela, que mantinha uma diferença de aproximadamente 65% entre os níveis, e uma desestruturação da carreira do ponto de vista da valorização.

Nós estivemos todo esse tempo, dialogando e negociando pacientemente com a gestão municipal, procurando sempre os melhores caminhos para educação municipal, com intuito de garantir uma educação de qualidade para as criança e jovens de São Luís, bem como melhores condições de trabalho e valorização salarial para os professores e professoras. É inadmissível essa postura de um gestor que afirma estar reconstruindo a educação de São Luís, sem falar que ainda não pagou os direitos estatutários de 2020 (Titulação) e de 2021 (Progressões), nem prestou contas dos recursos do Fundeb recebidos no ano de 2021.

É importante destacar que, com esse gesto, o prefeito interrompe formalmente as negociações que vinham sendo feitas em torno da Campanha Salarial de 2022. Lembrando que um dos primeiros compromissos firmados na mesa de negociações FOI DE QUE NENHUM PL SERIA ENVIADO À CÂMARA SEM QUE A CATEGORIA FOSSE OUVIDA E QUE TERÍAMOS UMA NOVA RODADA DE NEGOCIAÇÕES NESTA SEXTA, DIA 11 DE MARÇO. MOSTRANDO QUE BRAIDE NÃO CUMPRE COM A PALAVRA.

O QUE FAZER?

Diante da intransigência, da falta de diálogo, do desrespeito e do rompimento das negociações, não há alternativa para categoria senão radicalizar. Construir uma grande mobilização organizada e consciente dos professores e professoras para mostrar a Eduardo Braide que não iremos aceitar mais esse ataque aos nossos direitos.

Primeiro, vamos ocupar a Câmara Municipal a partir desta terça-feira, 08 de março, e exigir que esse acinte não seja votado; vamos acampar em frente à prefeitura de São Luís, nossa assembleia agora é na rua; vamos conversar com pais e alunos, amigos e a sociedade de um modo geral, vamos dialogar com nossos colegas de trabalho: nossa reivindicação é justa, já estamos há cinco anos sem aumento salarial.

Vamos precisar de todo mundo, somos mais de 5 mil profissionais, nossa força é muito maior quando estamos unidos (as). Toda mobilização e resistência são necessárias para alcançar a vitória, a gestão Da unidade Vai Nascer a Novidade não medirá esforços para colocar essa luta nas ruas, nas praças, nas redes sociais e em cada canto da cidade.


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