Acatando solicitação do Sindicato dos Servidores da Uema, a Justiça determinou a suspensão da eleição realizada na quarta-feira para reitor e vice-reitor daquela universidade. A decisão liminar foi expedida agora no período da tarde pela juiza da Primeira Vara da Fazenda Pública, Luiza Medeiros.

A mesma magistrada havia dado liminar na segunda-feira cassando a candidatura do atual reitor José Augusto Oliveira por ele concorrer a uma terceira eleição consecutiva.

Reitor da Uema, José Augusto OliveiraReitor da Uema, José Augusto Oliveira

Na madrugada de quarta-feira, foi dada entrada no plantão do Tribunal de Justiça pedido em favor da permanência da candidatura de Oliveira. Pela manhã, fora do plantão, a desembargadora Nelma Sarney atendeu ao pedido e cassou a liminar da juiza.

Ocorre que os advogados do reitor entraram com um mandado de segurança, que no cabe no caso específico. Deveria ser um agravo de instrumento. Por essa razão, o processo foi redistribuído e caiu nas mãos da desembargadora Maria das Graças Duarte Mendes, que revogou a decisão da colega Nelma Sarney e manteve a decisão da juiza Luiza Medeiros.

Agora, com a nova liminar concedida ao Sindicato, a eleição permanece suspensa até que seja julgado o mérito da questão se José Augusto Oliveira pode ou não se reeleger pela tercerira vez. Pela liminar dada hoje, estão proibidos a divulgação de resultados, e contagem de votos.

Além disso, surgiram denúncias de que a lista de eleitores foi fraudada na última hora.

“Uma universidade não pode servir de laboratório para o malfeito. Deve ser um bom exemplo para a sociedade, a começar dando aulas de cidadania a seus alunos”, pontuou o prof. Henrique Mariano, denunciando um fato grave: a lista de votantes depositada na 5ª. Vara da Fazenda Pública era uma e a encaminhada pela Comissão Eleitoral para os locais de votação foi outra,engordada com quase 400 nomes de professores contratados.

Só um exemplo: em Açailândia, pela lista dos eleitores, votaria apenas um professor. Apareceram 18 votos. Segundo os denunciantes, o processo eleitoral foi todo direcionado para eleger ou o atual reitor ou um candidato de sua simpatia, conforme pôde ser comprovado durante a campanha.

Para isso, a estrutura pessoal e material da Uema teria sido usada sem parcimônia.“Tenho certeza que a comunidade acadêmica, constituída dos alunos, do professorado e do corpo técnico-administrativo não compactua com isso, mesmo alguns se prestando para fazer moldura ao papel desempenhado pelo atual corpo dirigente da Uema”, diz, indignado, o candidato a reitor Professor Pós-Doutor Hamilton Jesus Almeida Santos.

Segundo ele, o Governo do Estado, o Ministério Público e o Judiciário e toda a sociedade maranhense devem ser informados sobre o que está acontecendo com a sua universidade. “Com certeza, não vão gostar de saber dessas mazelas”, avisou


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