E para encerrar o ano de 2009, na certeza de que 2010 será bem melhor, deixo ao leitores e amigos uma reflexão do mestre Marcos Hashimoto. Recuar, sim. Desistir, nunca.

Um homem investe tudo o que tem numa pequena oficina. Trabalha dia e noite, inclusive dormindo na própria oficina. Para poder continuar nos negócios, empenha as jóias da própria esposa. Quando apresentou o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, dizem-lhe que seu produto não atende ao padrão de qualidade exigido.

O homem desiste? Não!

Volta a escola por mais dois anos, sendo vítima da maior gozação dos seus colegas e de alguns professores que o tachavam de “visionário”.

O homem fica chateado? Não!

Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele. Durante a guerra, sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que grande parte dela é destruída.

O homem se desespera e desiste? Não!

Reconstrói sua fábrica mas, um terremoto novamente a arrasa.

Essa é a gota d’água e o homem desiste? Não!

Imediatamente após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família.

Ele entra em pânico e desiste? Não!

Criativo, ele adapta um pequeno motor a sua bicicleta e sai as ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas “bicicletas motorizadas”. A demanda por motores aumenta muito e logo ele fica sem mercadoria. Decide então montar uma fábrica para essa novíssima invenção. Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país. Como a idéia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a indústria.

Encurtando a história:

Hoje a Honda Corporation é um dos maiores impérios da indústria automobilística japonesa, conhecida e respeitada no mundo inteiro. Tudo porque o Sr. Soichiro Honda, seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.

Como sabemos, a persistência é um dos valores mais arraigados e fortes em empreendedores de sucesso. Você não vai encontrar um empreendedor que se sinta realizado e não tenha passado por dissabores, dificuldades, erros e frustrações. A persistência é melhor compreendida quando entendemos o significado do fracasso. Uma vez expliquei aqui a minha visão sobre o sucesso, e acho pertinente dedicar o mesmo espaço para falar de fracasso.

Honda caiu várias vezes. A cada queda, seus amigos, clientes e familiares podem tê-lo rotulado como ‘fracassado’. Não foi fácil, mas ele se levantou. Superar o desânimo, o cansaço, a desilusão e a frustração exigem uma disposição e uma força de vontade hercúleas, numa proporção igual ou maior ao tamanho da queda. Só quem já passou por situação semelhante sabe o que significa. Quem se levantou, entretanto, e encarou o episódio como mais uma etapa do seu aprendizado, quem não se deixou abater e se fixou no objetivo maior para minimizar uma ocorrência infeliz, quem não aceitou o rótulo e se fechou às críticas destrutivas, quem encarou o fracasso como uma lição importante, foi, no final, vitorioso.

Isto diferencia os empreendedores dos demais. Enquanto para a maioria das pessoas o fracasso é o fim, para os empreendedores o fracasso é apenas o meio do caminho. Para o empreendedor, o fracasso não é o resultado, e sim um estado transitório, muitas vezes uma etapa necessária e inevitável por onde ele precisa obrigatoriamente passar para chegar aonde quer. Alguém já aprendeu a andar de bicicleta sem nunca ter caído? Alguém já aprendeu a cozinhar sem nunca ter queimado um prato? Alguém já passou pela escola sem nunca ter errado um exercício?

Uma coisa importante é não confundirmos persistência com burrice e teimosia. O erro só faz sentido se tiramos alguma lição dele. Insistir no erro é burrice e é o tipo de persistência da qual o empreendedor não quer ser confundido. Se cometeu um erro, faça diferente da próxima vez, mesmo que corra o risco de errar de novo. O que você deve evitar é a possibilidade de errar novamente pelos mesmos motivos.

Outra coisa importante é que não podemos nos deixar levar pela pressão do tempo. Muitos produtos só se tornaram sucesso de mercado depois de várias tentativas. Isso pode ter levado meses e até anos. Empresas bem organizadas requerem resultados em função de períodos pré-determinados de tempo: Resultados devem ser entregues trimestralmente, semestralmente, anualmente. Para o empreendedor a ditadura dos prazos não funciona. Para ele, resultados negativos não significam nada quando sua confiança e percepção o levam à crença de que os números positivos no futuro mais que compensarão estes números desfavoráveis. A visão de longo prazo do empreendedor pode se tornar vantagem competitiva diante de organizações cujos acionistas só reagem diante de resultados de curto prazo.

Lembre-se sempre disto: Fracassar não é perder dinheiro, clientes, negócios. Fracassar não é errar, falhar, malograr. Fracassar é desistir.

Marcos Hashimoto
[email protected]


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