Caema dará desconto de 20% a consumidores sem hidrômetro

    Medida é uma resposta à Defensoria Pública do Estado, que encaminhou documento ao órgão solicitando informações acerca da quebra da nova adutora do Sistema Italuís, no sábado,9, que deixou 600 mil pessoas sem água

    No São Francisco, moradores ainda tiveram problema com abastecimento de águaNo São Francisco, moradores ainda tiveram problema com abastecimento de água (Foto: De Jesus / O ESTADO)

    SÃO LUÍS – Companhia de Saneamento Ambiental (Caema) informou à Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE) que dará descontos de 20% aos consumidores sem hidrômetros que foram prejudicados diretamente com a suspensão no abastecimento de água em São Luís, agravada no sábado,9, pelo rompimento da nova adutora do Sistema Italuís. A medida da companhia estadual é uma resposta à DPE, que solicitou na segunda-feira,11, informações sobre as causas da interrupção do serviço, que deixou mais de 600 mil pessoas sem o líquido nas torneiras por quase uma semana.

    De acordo com a DPE, a Caema deverá dar mais detalhes acerca do repasse dos descontos. O Estado apurou que os abatimentos nos valores das faturas serão concedidos apenas às unidades residenciais que não possuem hidrômetros instalados. Nos imóveis com o medidor de consumo, será cobrado o valor na fatura obtido a partir da leitura do aparelho, feita por técnicos da companhia.

    A direção da Caema deverá confirmar ainda que os descontos serão válidos apenas para as faturas do mês de janeiro. No mês seguinte, o desconto será retirado. O documento da DPE encaminhado à Caema solicitando as informações acerca do rompimento da adutora do Sistema Italuís é assinado pelos defensores Alberto Pessoa Bastos, Gabriel Furtado, Luís Otávio Moraes, Marcos Vinícius Fróes e Rairom Laurindo Pereira dos Santos.

    Além do desconto, a Defensoria ainda requisitou que o valor abatido seja expressamente exposto nas próximas faturas e que a companhia – ligada ao Governo do Maranhão – informe quantas unidades residências foram atingidas pela suspensão da água.

    Ontem, O Estado percorreu vários bairros da capital e constatou que nas primeiras horas do dia ainda era possível ver pessoas se deslocando para fontes alternativas de água, já que o abastecimento nas torneiras ainda não havia sido normalizado. As localidades da área Itaqui-Bacanga foram as mais prejudicadas com o corte no abastecimento.

    No Anjo da Guarda e no Gapara, em boa parte das casas a água ainda não havia retornado de ontem, 13. À tarde, a situação já era mais tranquila, já que em várias residências destas localidades a água chegou aos poucos. Os moradores reclamaram do tempo de espera e da qualidade da água. “A água está pretinha na minha casa”, disse a técnica de Enfermagem, Francinete Almeida, moradora do Gapara.

    Por volta das 15h, bairros como Liberdade, Monte Castelo e Lira (e outros da região Central) tiveram o abastecimento restabelecido. Até o fechamento desta edição, a Caema não informou quando será ativada de forma definitiva a estrutura da nova adutora, já que o fornecimento de água foi restabelecido com a estrutura antiga, instalada há 35 anos, e cujo tempo de vida útil, segundo os especialistas, expirou há mais de 10.

    Adiamentos

    O Estado informou no início de novembro e em sua edição impressa de ontem,13, que a entrega da estrutura da nova adutora foi adiada por sete vezes. Os primeiros dois adiamentos ocorreram em 2015. A penúltima data de entrega da adutora seria em setembro deste ano, no entanto, “por correções no projeto original”, a inauguração foi novamente adiada.

    Relembre

    A suspensão no abastecimento de água começou na quarta-feira,6. Segundo o governo, o corte de fornecimento do produto seria necessário para a finalização da montagem e ativação da nova estrutura da adutora, cujas obras começaram ainda na gestão anterior estadual. Porém, no sábado,9, ao contrário do que foi informado pelo governo – de que os serviços foram concluídos 12 horas antes do prazo inicial – a pressão da água e um problema no “sistema Y” da estrutura foram fatores apontados pela direção da Caema para o rompimento.

    Técnicos da empresa trabalharam incessantemente para a solução do problema, porém, apenas na segunda-feira,11, o abastecimento foi restabelecido “de forma gradual”.

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    Viana vive situação caótica; até a água sumiu das troneiras

    Do blog do Neto ferreira

    A situação da cidade de Viana é caótica. Comandado por Magrado Barros (PSDB), o município está completamente abandonado, segundo relatam os moradores.De acordo com os denunciantes, há 120 dias que não dá água potável nas torneiras, desse modo obrigando a população se deslocar de suas residências para procurar um local que esteja fornecendo água.Além disso, tem outro agravante. Diversos alunos estão sem aulas, pois poucas escolas estão de fato funcionando, não há também merenda escolar e creches foram fechadas.A saúde de Viana também foi completamente abandonada. O hospital municipal e os postos de saúde estão sem remédios, médicos e enfermeiros.Os moradores listaram outras irregularidades feitas por Magrado. Entre elas estão o fechamento do Restaurante popular, que agora serve de garagem para caminhões limpa-fossa, e a utilização do caminhão da Agricultura Familiar para o carregamento de bebidas alcoólicas.Os setores principais da cidade estão entrando em colapso, mas o prefeito finge não ver. O Ministério Público tem que averiguar tais falhas de gestão.

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